A luta contra o benzeno na Petrobrás

Sindipetro-RJ atua em suas bases educando e fis­calizando o manuseio do benzeno.

No Cenpes, esteve diretamente relacionado às melhorias ao estabelecer contato mais próximo com os profissionais de SMS e cobrar melhorias contínuas à ge­rência. O estabelecimento de uma pauta fixa nas reuniões ordinárias da Cipa e do Comitê Local de SMS destacaram a necessidade da luta pela prevenção e abriu os olhos da gerência para o risco que até então era minimizado.

Em anos anteriores eram frequentes alterações nos exames de trans mucônico dos trabalhadores. No Cenpes, existem muitos laboratórios com grande variedade de produtos (petróleo, gasolina, nafta etc.), o que torna o ambiente de difícil controle. Tudo que há nas unidades operacionais do Sistema Petrobrás há também no Cenpes, em escala bem menor. Após a discussão das características mistas da unidade e a revisão das atividades dos grupos homogêneos de exposição (GHEs), fo­ram feitas melhorias nos controles dos riscos. A ação de prevenção não pode ser uma receita pronta, pois cada local de trabalho possui suas particularidades. Muitas alterações dos indicadores biológicos de exposição (IBE) se davam no efetivo dos escritórios, mas os terceirizados estavam fora das análises das exposições ocupacionais.

Hoje temos uma maior interação entre os trabalhadores e o SMS. Muitas mudanças no sistema de capelas e coifas foram implementadas como boas práticas pelo SMS e as inspeções capitaneadas pela Cipa, além de reuniões constantes de nivelamento do Programa de prevenção de exposição ocupacional ao benzeno (PPEOB), aproximaram o Grupo de Representação dos Trabalhadores do Benzeno (GTB) e o SMS.

No TABG, o GTB conseguiu uma conquista para os trabalha­dores. Hoje, devido a muita cobrança do GTB e da Cipa, o termi­nal conta com amostradores fechados para os pontos de coletas das linhas que operam com nafta e gasolina. Estes amostrado­res estão em fase de teste e caso apresentem bom desempenho, será utilizado o mesmo modelo para as linhas onde operam pe­tróleo e para os tanques de nafta, gasolina e lastro.

As drenagens de canhões que operam no TABG com produtos que têm benzeno em sua composição são uma falha de projeto que pode afetar os trabalhadores. Há também preocupação com as casas de controle dos píeres, pois estas deveriam ter pressão positiva e não há. O sis­tema de ar-condicionado central do laboratório e a saída dos lavadores de garrafas e das capelas não possuem fil­tragem de benzeno. Além disso, a exposição ao benzeno não consta no Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) dos trabalhadores, assim como em todo Sistema Petrobras.

No Tebig, assim como em todo Sistema Petrobrás, continua a ser utilizado o Valor de Referência Tecnológico (VRT) como limite de segurança. A iniciativa para tomadas de ações de controle e de melhorias contínuas só ocorre quando a ava­liação quantitativa for acima de 0,5 ppm. Assim, o benzeno nesse terminal é tratado apenas no PPRA, apesar de todas as normas brasileiras estabelecerem que por ser uma substân­cia cancerígena, não há limite seguro de exposição.

Em anos anteriores era comum a falta de conhecimen­to sobre os indicadores (IBE), mas com a discussão das ca­racterísticas mistas da unidade e a revisão das atividades doS GHEs foi feito uma melhora nos controles dos riscos.

O Cenpes é tratado como uma área nebulosa, sendo administrativo e ao mesmo tempo industrial e por isso as ações de prevenção precisam ser adaptadas a cada setor. Muitos laboratórios e pouco volume dos produtos (petróleo, gasolina, nafta, etc.) tornam um ambiente difícil de controlar. Há analogia com as refinarias e terminais, pois tudo que há nas unidades do Sistema Petrobrás há no Cenpes em escala bem menor. (texto produzido por Dener, Nascimento e Antonia)

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