Ações de gerente-feitor no TABG ferem princípios de liderança na Petrobrás

No dia 30/06, aconteceu no TABG algo extremamente desprezível e que reflete bem a mentalidade da atual gestão da companhia. Enquanto almoçava no refeitório, um dos trabalhadores terceirizados utilizava uma camisa feita em homenagem ao antigo gerente da manutenção. No entanto o gerente atual vestiu a carapuça, certamente pela notoriedade de não ser bem quisto pelos companheiros de trabalho sequer na medida como era o gerente anterior, e dirigiu-se ao preposto da contratada exigindo a imediata punição do trabalhador.

Não é preciso dizer que essa postura afronta diretamente diversos dispositivos de nosso ordenamento jurídico, abrindo questionamentos até sobre possível ilicitude do contrato de terceirização da manutenção no TABG, tendo em vista que o atual gerente é conhecido pela sua intromissão na estrutura hierárquica e forma de organização das contratadas, criando relação direta de subordinação e pessoalidade, fatos que quebram a espinha dorsal de qualquer terceirização que almeje ser considerada lícita.

Somado a isso, para completar o seu currículo, digno de causar inveja até a Bartolomeu Prado (famoso capitão do Mato do século XVIII), tal gerente carrega consigo um histórico de denúncias de assédio, práticas antissindicais, dificuldade de relacionamento e falta de percepção das necessidades e anseios dos trabalhadores que o cercam. Das duas uma: ou a política de formação de gestores da Petrobrás está estimulando tais condutas repugnantes, ou, em meio à atual política de desmonte, a companhia não está conseguindo passar aos seus gestores os princípios mais básicos de liderança.

Sendo assim, após tentativas de diálogo, nas quais não notamos a boa vontade necessária, só nos resta exigir a imediata transferência do atual gerente de manutenção do TABG, pois está claro que a sua presença é extremamente nociva ao ambiente de trabalho no Terminal, e suas práticas colidem diretamente com o respeito que os petroleiros, muitos deles que ali estão há 20 ou 30 anos, merecem.

Cadê a ética e a boa conduta, gestores da Petrobrás?

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