Atos denunciam riscos da terceirização das operações na Petrobrás

Petroleiros e petroleiras realizaram protestos contra a terceirização dos serviços de operação e manutenção em suas unidades, na quarta-feira, 27 de dezembro. No Edise, trabalhadores denunciaram a intenção da gestão Pedro Parente de entregar a Operação do prédio à empresa Nova Rio, através de contrato firmado em setembro último, mas suspenso por decisão da 21ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, após requerimento do Sindipetro-RJ.

Mesmo sendo um prédio administrativo, o Edise conta com um setor de Operação com muitas atividades, onde há um tanque de 15 mil litros de diesel, além de várias bombas centrífugas e duas subestações de energia.

Tudo em escala industrial. De acordo com Brayer Grudka, da direção do Sindipetro-RJ, “Se terceirizarem a operação, a porta estará aberta para a terceirização de outros setores estratégicos, como Geologia, Geofísica, Engenharia”, resumiu ele.

Já no Cenpes, durante a concentração, trabalhadores externaram sua preocupação e descontentamento com a crescente terceirização dos serviços essenciais da empresa, que incide diretamente na questão da segurança, redução de efetivos e precarização do trabalho.

No final da manifestação, diretores do Sindipetro-RJ e trabalhadores participaram de uma roda de conversa sobre o ACT 2017 e estratégias para enfrentar a tentativa da direção da Petrobrás, em aplicar a reforma Trabalhista e as novas regras da CLT, que retiram direitos já consagrados pela Constituição, além de resistir ao desmonte da companhia.

“A terceirização significa a precarização do trabalho e coloca em risco as pessoas e o patrimônio da Petrobrás. Precisamos resistir”, afirmou André Bucareski, da direção do Sindipetro-RJ.

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