Aumenta para 186 o número de contaminados pela COVID-19 em plataformas offshore

Segundo a ANP, o setor petrolífero em suas diversas áreas já soma um total de 382 casos confirmados. Há seis dias o número era de 132

Subiu para 186 na quarta-feira (22), o número de trabalhadores contaminados pela COVID-19 nas plataformas de petróleo no Brasil, alta de 150% em relação a 16 de abril, quando começou a quarentena no país.

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ao todo, o setor petrolífero soma 382 casos confirmados, contra 132 há seis dias. Os casos suspeitos também não param de crescer, com 1.201 ocorrências em 22 de abril, contra 1.073 no dia 16.

Nesta quinta (23), um navio que presta serviços para a Petrobrás, operado pela Subsea 7 Brasil, registrou mais três casos, sendo que sete plataformas offshore da estatal apresentaram casos de contaminação. As plataformas P-50, P-26, P-18, P-35, P-20, P-33 e P-62 registraram trabalhadores contaminados

A P-26 é a plataforma que apresenta o maior número de contaminações, com 22 trabalhadores.

Até o momento, a Petrobrás interrompeu a produção em duas plataformas – Capixaba e Cidade de Santos – e nesta mesma quinta foi obrigada a responder um questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a situação do coronavírus na companhia. A empresa informou que desde o início da pandemia foram registrados 2.048 casos suspeitos e 261 trabalhadores contaminados, entre próprios e terceirizados.

A mesma lógica de Bolsonaro

É inevitável constatar que isso confirma mais uma vez que da mesma forma que ocorre na Petrobrás, empresas do segmento de petróleo expõem seus trabalhadores a situações de risco em plena pandemia da COVID-19, seguindo a lógica de não afetar os seus lucros. Respaldando assim o discurso de Bolsonaro que teima em incutir a ideia de que a economia não pode parar, minimizando os efeitos da pandemia. Não final das contas quem paga por isso são os trabalhadores que ficam expostos aos riscos, trabalhando sob forte tensão também afetando suas famílias.
Enquanto isso, os chefões ficam isolados em sua quarentena tentando garantir seus bônus de premiação às custas da força de trabalho.
O Sindipetro-RJ faz um chamado aos trabalhadores do setor privado para que os mesmos enviem denúncias de falta de condições de trabalho, abusos e contaminações pela COVID-19 para o e-mail contato@sindipetro.org.br

Fonte Agência / O Dia

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