Bolsonaro e Guedes preparam mais um saldão de campos de petróleo

A ANP realizará, no dia 4/12, a partir das 10h, a sessão pública do 2º Ciclo da Oferta Permanente

Estarão em oferta 14 setores de blocos exploratórios de nove bacias (Santos, Espírito Santo, Campos, Paraná, Amazonas, Recôncavo, Sergipe-Alagoas, Potiguar e Tucano), além de dois setores de áreas com acumulações marginais das bacias do Solimões e Recôncavo. As 63 empresas inscritas na Oferta Permanente poderão fazer propostas.
Segundo informe da ANP, devido à pandemia de COVID-19, o evento será híbrido: a sessão pública de apresentação de ofertas será presencial, com número reduzido de pessoas, e haverá transmissão ao vivo para que o público possa acompanhar todo o processo pela internet.
A parte presencial do leilão será realizada no hotel Sheraton, no Rio de Janeiro, e terá presença apenas das pessoas necessárias a sua realização e dos representantes inscritos pelas empresas participantes para apresentarem propostas de compra no feirão.

O que é a Oferta Permanente    

A Oferta Permanente é uma modalidade de concessão de blocos e de áreas com acumulações marginais para exploração ou reabilitação e produção de petróleo e gás natural. Nessa modalidade, há a oferta contínua de campos devolvidos ou em processo de devolução, de blocos exploratórios ofertados em licitações anteriores e não arrematados ou devolvidos à Agência e também de novos blocos exploratórios em estudo na ANP (com exceção de áreas no Pré-Sal, estratégicas ou localizadas na Plataforma Continental além das 200 milhas náuticas).

Governo tentar se salvar com pechinchas de áreas de exploração e desmonte da Petrobrás

Com um governo fadado ao fracasso e que sofreu derrotas nas eleições municipais, Bolsonaro e Guedes tentam manter apoio do sistema e da burguesia entreguista ofertando campos de petróleo e pechinchando ativos da Petrobrás, que aliás é a única estatal de fato que estão conseguindo desmontar com privatizações e desenvestimentos.
Segundo um balanço divulgado em agosto de 2020 pela Secretaria Especial de Desestatização e Investimento e Mercados, órgão subordinado ao Ministério da Economia, entre a venda de ativos e desinvestimentos, com dados atualizados até fevereiro de 2020, foram obtidos  R$ 134,9 bilhões em negociações. Deste  montante a Petrobrás foi responsável por mais da metade com um total de venda de ativos e desinvestimentos que chegaram a R$ 70, 7 bilhões. Valor muito abaixo do retorno que a manutenção de tais ativos poderiam trazer para a estatal e, consequentemente, para o país.

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