No Dia Nacional de Luta em Defesa das Estatais e Contra as Contrarreformas e Privatizações teve início com a realização de um ato que reuniu re­presentantes do Sindipetro-RJ, do Sindicato dos Traba­lhadores de Saneamento e Meio Ambiente (Sintsama), do Sindicato dos trabalhadores dos Correios e do movimento SOS Emprego, entre outras categorias e movimentos em frente à sede da Cedae, na Avenida Presidente Vargas, Centro do Rio de Janeiro. No início do ato os trabalhadores do Sintsama e do SOS Emprego ocuparam o hall do prédio da empresa.

Nos discursos, a revolta contra a situação de calamidade financeira e econômica do Estado do Rio de Janeiro, gover­nado há tempos pelo PMDB e que agora com Luiz Fernando Pezão deixa os funcionários públicos ativos e aposentados à míngua com atrasos contumazes de salários e proventos. E com a desculpa para resolver o problema privatiza a Cedae em conluio com o governo federal.

Ainda bem cedo, no Terminal Aquaviário Baía de Guana­bara (TABG), os trabalhadores da Petrobrás realizaram um “trancaço” no início do expediente no terminal, localizado na Ilha do Governador.

Logo depois, a partir das 11h, teve início um ato que ficou concentrado na porta da sede da Eletrobrás, na aveni­da Presidente Vargas, próximo à Candelária. Presença de trabalhadores e trabalhadoras do sistema Eletrobrás, da Petrobrás, da Casa da Moeda, do Movimento dos Atingidos por Barragens e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), além de centrais sindicais e movimentos sociais.

“Precisamos entender todo esse contexto que as estatais estão passando, um verdadeiro absurdo. Hoje saiu uma notícia de que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Pinto, disse que a Petrobrás será a próxima empresa a ser vendida. Por isso, deve­mos estar aqui defendendo todas estatais do Brasil, defendendo a dignidade do emprego. Estão querendo transformar os traba­lhadores brasileiros em escravos do capital. O Temer faz um ata­que traiçoeiro contra o povo não tendo competência para vender nada do patrimônio brasileiro” – disse Adaedson da Costa, co­ordenador da FNP e presidente do Sindipetro-LP.

O diretor da Federação Nacional dos Petroleiros  Celso Cafu reafirmou a luta da categoria petroleira na defesa dos aposentados e pensionistas do sistema Petrobrás e contra os retrocessos neoliberais de Temer: “É justo que todo povo brasileiro possa estar aqui defendendo as esta­tais, o patrimônio do Brasil. Nesse conjunto desses retroces­sos além das privatizações dessas empresas tem também a contrarreforma da Previdência que atinge principalmente os aposentados, e, claro, os trabalhadores da ativa. Então, todos devem participar, além disso, o emprego está em jogo com essa outra contrarreforma que é a Trabalhista que vai prejudicar muita gente quando entrar em vigor”.

O ato, a partir de meio dia, ocupou grande parte da aveni­da Rio Branco e partiu em direção à sede da Petrobrás, Edise, com a presença de cerca de 10 mil pessoas. Lá, o Sindipetro­-RJ disponibilizou um carro de som com falas abertas a quem quisesse discursar, ao contrário de outro carro de som posicionado nas proximidades que impedia críticas nos seus microfones a governos anteriores a Temer.

A programação do Dia Nacional de Luta terminou com a realização de um ato show na Cinelândia, organizado pelo Sindipetro-RJ.

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Privatização do dinheiro do Brasil

A pulverização das estatais promovida por Michel Temer chegou até à Casa da Moeda, que apesar dos 323 anos de exis­tência está na lista das 57 empresas na verdadeira “xepa” de estatais promovida pelo governo federal.

“Essa luta é da sociedade brasileira que está assistindo seus di­reitos e vontades sendo retirados por este governo neoliberal. Um governo que já congelou os gastos sociais por 20 anos, um atraso para o país, um governo que aprovou um retrocesso trabalhista e quer aprovar outro previdenciário. Agora nós trabalhadores de empresas estatais, que são estratégicas para o país, como Eletro­brás, Petrobrás e Casa da Moeda temos neste momento nossos empregos ameaçados por causa desse projeto de entrega de nos­sas riquezas ao capital internacional. Cabe a nós trabalhadores resistir a isso, e vamos continuar” – denunciou Aluizio Júnior, presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros .

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