“Dragão” vai servir ao capital internacional ou aos brasileiros?

Nesta semana, a Petrobrás começou a receber os equipamentos que vão compor o supercomputador, que apelidou de “Dragão”, com capacidade de processamento equivalente a quatro milhões de celulares. Este é mais um na linha de computadores de alto desempenho para o processamento de dados geofísicos usados para otimizar a produção, reduzindo o tempo de análise.

Se em junho passado a empresa comemorou a atualização na Top500.org, lista dos maiores supercomputadores do mundo, que colocou “Atlas” e “Fênix”, ambos da Petrobrás, respectivamente em 56º e 82º lugares, agora “Dragão” vem para galgar algumas posições nesse ranking, pois terá capacidade de processamento superior ao de “Atlas” e “Fênix” juntos.

Essas máquinas são responsáveis pelo processamento de dados geofísicos gerados durante as atividades de exploração e de desenvolvimento da produção de campos de petróleo e de imagens sísmicas representativas da geologia do Pós e do Pré-Sal. De acordo com o Tecnoblog, o supercomputador Dragão contará com 100 TB de RAM para atender o processamento de dados geofísicos e programas estratégicos da estatal.

Compras x vendas

Em 2018, Castello Branco começou a investir em computadores de alto desempenho. Em 2019, comprou o “Fênix”. Neste ano, adquiriu “Atlas” e “Guaricema” e agora anuncia a chegada do “Dragão”, que vai ser montado durante três meses com previsão de começar a ser utilizado em meados de 2021

Se por um lado, a empresa informa que “o investimento diminui os custos com esse tipo de processamento e que com os supercomputadores dedicados é possível utilizar algorítimos especiais desenvolvidos pela Petrobrás, trazendo um diferencial competitivo capaz de aumentar a eficiência das atividades exploratórias”.

Por outro lado, a direção atual vem consolidando o desmonte do Sistema Petrobrás com privatizações pulverizadas abrangendo diversos setores.

É certo que o precioso e importantíssimo investimento nos supercomputadores mantém a Petrobrás próxima das maiores empresas de petróleo do mundo. Porém, Castello Branco não quer nada disso para o povo brasileiro e trabalha cada vez mais a favor da iniciativa privada que quer monopolizar o setor.

A sociedade não deve deixar privatizar a Petrobrás com o patrimônio tecnológico acumulado. E isso inclui tanto a tecnologia no refino quanto na Geofísica e supercomputadores. A finalidade dos planos executados por Castello Branco, que integram o desgoverno Bolsonaro, carecem de olhos mais atentos… E já conhecemos o roteiro das privatizações de estatais no Brasil: bancar certos investimentos para poupar o bolso dos futuros compradores.

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