FNP vai à Brasília em defesa do Pré-sal e dos direitos dos trabalhadores

Dirigentes da Federação Nacional fizeram incursões no Senado Federal e na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (20). A Federação também acompanhou a votação do substitutivo do Projeto de Lei 8939/17, aprovado pela Câmara dos Deputados. Na parte da manhã, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) foi convidada para falar sobre a situação real da priorização dos investimentos da Petrobrás no Pré-Sal em detrimento da exploração em campos terrestres das regiões Norte e Nordeste do país, durante a Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), no Senado Federal.

No entanto, teve dificuldade para entrar no Senado. Depois de muita truculência por parte dos seguranças, todos os dirigentes da Federação Nacional e advogados de seus sindicatos conseguiram acesso. Em seguida, representantes da FNP participaram de plenária com a Comissão de Direitos Humanos (CDH), que debatia Serviço Público e Estatais de Qualidade. Na tarde, a FNP e advogados participaram do lançamento da “Frente Parlamentar em Defesa das Refinarias da Petrobrás”. Cerca de 25 partidos da Oposição compõem a frente mista com pelo menos 201 deputados e senadores. Representantes do PCdoB, PT, PDT, PSB, PSol, Avante, PHS, PP, PR, PSDB e até do MDB de Temer apoiaram o lançamento.

O evento ocorreu no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. O objetivo central foi promover o debate sobre desnacionalização do petróleo no Brasil, além de defender o patrimônio e a soberania nacional. O grupo pretende ainda proteger os interesses dos trabalhadores, que podem ser prejudicados com a venda das refinarias Alberto Pasqualini (RS), Presidente Getúlio Vargas (PR), Landulpho Alves Mataribe (BA) e Abreu e Lima (PE), além de seus dutos e terminais.

Medidas jurídicas podem ser tomadas para impedir o desmonte dessa área estratégica no Brasil. Mas, a FNP não parou por aí. Logo após o evento, seus representantes protestaram contra a votação do substitutivo do Projeto de Lei 8939/17, de autoria do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), no Plenário da Câmara, que, infelizmente, aprovou o projeto por 217 votos a 57, com 4 abstenções.

O entreguista Beto Mansur, deputado federal (MDB-SP), ainda teve a cara de pau de ficar “zonando” próximo aos petroleiros e se irritou quando um deles gritou: “entreguista!”. Os ânimos acirraram e o deputado perdeu a linha.

 

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