Fora Cláudio Costa! – #intimidanão

Crachá “verde vergonha”

No EDISE, o gerente executivo do GP, Cláudio Costa, tentou votar na assembleia da unidade. Perante a resolução da diretoria do Sindicato de que os não concursados (que não sofrerão as consequências do ACT) não votariam, o executivo optou por intimidar os dirigentes sindicais. Foi barrado onde não foi chamado, e tentou atacar este Sindipetro através de expedientes extrajudiciais. Está claro que esse comportamento pode ser explicado pelos resultados das assembleias.

Sindipetro-RJ publica resposta à notificação extrajudicial enviada pela direção da empresa, em tentativa de intimidar o sindicato e seus dirigentes

Trechos de nossa resposta via notificação extrajudicial

(íntegra em http://bit.ly/NOTenviadoapetrobras)

No particular, deve ser destacado que a presença “maciça” de empregados decorreu, em parte, do processo atípico e de interesse conjuntural de incentivo de participação nas assembleias, inclusive com ostensivo constrangimento da força de trabalho, exercido por chefias locais, com vistas não só ao comparecimento, mas, ainda, à votação dos empregados a favor da aprovação da proposta patronal de acordo coletivo de trabalho, registre-se,significativamente reduzida, em relação ao acordo que expira no dia 31/08/2019.

Tanto é assim que, por exemplo, na votação ocorrida na calçada em frente ao Edifício Senado – EDISEN, um alto gestor da Companhia, que até recentemente ocupou o topo da hierarquia na área de recursos humanos da Petrobrás, se postou entre duas cabines de votação, literalmente atrás daqueles que exerciam o direito ao voto, havendo comprovação fotográfica do fato ora noticiado.

(…)

No caso do Sr. Cláudio Costa, cabe ressaltar que, na posição de Gerente Executivo de Recursos Humanos, o mesmo desempenha papel de destaque na elaboração das propostas de ACT apresentadas por parte da companhia.

Portanto, constitui flagrante conflito de interesses este indivíduo querer interferir em favor da aceitação num espaço legítimo de representação da outra parte negocial através de voto em assembleia. Aliás, foi sob a justificativa de “conflito de interesses”, que esta mesma companhia, arbitrariamente, transferiu dirigente sindical lotada na Gerência de Recursos Humanos da Petrobrás, local onde trabalhava há anos, desde sua admissão, bem como, destituiu sumária e arbitrariamente, duas dirigentes sindicais que ocupavam a função de especialista (consultoras técnicas), fato sobre o qual, também, há prova material em poder do sindicato de classe e nos autos de ação judicial que tramita perante a Justiça do Trabalho.

(…)

Em outro trecho, a Companhia, em tom de ameaça, destaca que “serve a presente Notificação para registrar o fato e, sobretudo, para fins de resguardar direitos e prevenir responsabilidades nos campos administrativo, cível e criminal, solicitar que V.S. se abstenha de divulgar e veicular, por que meio for, imagens de pessoas de forma não autorizada, e excluir aquelas que tiverem sido veiculadas, sob pena de eventuais medidas administrativas e judiciais cabíveis a serem oportunamente adotadas pela Companhia e seus empregados”.

Esclarece o sindicato, por oportuno: a) as imagens colhidas pela imprensa sindical se referem a evento relativo à atividade do próprio sindicato, convocada na forma do estatuto da própria entidade, ocorrido em logradouro público; b) o direito de imagem de pessoas físicas é personalíssimo, não detendo a empresa legitimidade para questionar eventual ausência de autorização de particulares; c) não houve a captação indevida de imagens no interior de estabelecimento da Petrobrás; d) eventuais imagens retratam acontecimentos ocorridos nas assembleias sindicais e a Constituição Federal assegura o direito e a liberdade de informação jornalística, nos termos do seu artigo 220.

Aliás, altos dirigentes da Companhia, inclusive o Sr. Cláudio Costa, que segundo o documento, seria o Gerente Executivo da Gestão de Pessoas da Companhia, área que tem por atribuição a matéria Recursos Humanos no âmbito da Petrobrás, igualmente filmaram, de seus aparelhos de smartphone, sem autorização, dirigentes sindicais e trabalhadores que esperavam para o exercício de seu direito a voto, durante as seções de assembleia para votação da proposta de acordo coletivo de trabalho apresentada pela Companhia.

Em mais dois atos persecutórios à direção do sindicato, a hierarquia privatista da Petrobrás ameaçou quatro dirigentes sindicais (Eduardo Henrique, Natalia Russo, Igor Mendes e Gustavo Marun), via notificação extrajudicial, no dia 19/08 e ainda Vinícius Camargo via carta enviada no dia 16/08.

Com eles, sobe para 10 o número de dirigentes sindicais perseguidos pela atual hierarquia, seja da forma mais velada, como a que atualmente ocorre com o diretor Antony Devalle, que se encontra atualmente sem vaga tendo plena e reconhecida competência inclusive pela Cia, seja de forma explícita como ocorre com a retirada das consultorias das diretoras Carla Marinho e Patrícia Laier, pelo simples fato de serem diretoras sindicais, ou a sequência de constrangimentos e “expulsão” da diretora Moara Zanetti do RH, pelo mesmo motivo.

Para instrumento da perseguição também é adotado pela companhia a política atualmente punitiva de SMS, com comissões de apuração questionáveis e que buscam, sobretudo, a responsabilização do trabalhador eximindo a hierarquia de qualquer responsabilidade, como no caso do diretor Nilson Miranda.

Vinícius Camargo foi citado por conversar com trabalhadores, convocando-os para a assembleia do EDISEN, onde está lotado, em pleno direito que tem, como diretor, de acessar os locais de trabalho. Tal atitude do RH é mais uma ilegalidade, mais uma coação, mais uma prática antissindical e de cerceamento das liberdades individuais.

Mais que isso é descumprimento de decisão judicial vigente conforme mostramos em nossa petição (http://bit.ly/peticaovinicius) , mas a hierarquia, aparentemente, se acha acima da lei.

Já a notificação extrajudicial (http://bit.ly/NOTrecebida)  é uma tentativa de coação e de intimidação patrocinada pelo Gerente Executivo Cláudio Costa que teve a desfaçatez de ir afrontar a categoria após patrocinar “alinhamentos gerenciais” para que a hierarquia pressionasse os trabalhadores e que ela própria votasse alinhada à empresa, fato que ficou patente na enquete feita em conjunto com a votação nas assembleias do EDISE, VENTURA e outras.

O Sindipetro não recuará um milímetro contra os que busquem constranger, atrapalhar, violentar, assediar as atividades sindicais, exclusivas dos trabalhadores.

Faremos ecoar o grito entalado na garganta dos petroleiros e petroleiras: Fora Cláudio Costa!

 

Versão do impresso Boletim CXXXV

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