INSS diz que trabalhadora deve voltar à função, Petrobrás contesta e não paga salário integral

Danielle de Lima Barbosa é funcionária da Petrobrás, técnica de manutenção, lotada na Reduc que há 11 anos convive com um problema de saúde crônico após um acidente de trabalho não notificado que afetou sua coluna, o que a faz estar durante esse período entre idas e vindas em liberações do INSS e reapresentações no seu local de trabalho. Infelizmente essa petroleira vive uma realidade de descaso em que acabou se tornando vítima num jogo de empurra em meio a uma situação que a faz receber apenas parte do seu salário.

De um lado, o INSS que não reconhece sua inaptidão para exercer suas funções na Reduc, e de outro a Petrobrás que diz estar ciente do problema reconhece que a funcionária não tem condições de saúde para exercer suas funções de trabalho.

“Estou tendo problemas para adquirir medicamentos e garantir a sustentabilidade de minha família, já que sou mãe de um bebê e arrimo de família” – conta.

Por conta do problema na coluna, Danielle passou por uma cirurgia complexa que limita seus movimentos e afeta seu sistema nervoso o que a faz ter que fazer uso de psicotrópicos receitados em tratamento médico ao qual é submetida.

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) enviou um ofício a Petrobrás cobrando providências: “Estamos acompanhando o caso da técnica de manutenção Danielle de Lima Barbosa (…) lotada no RH/UP/EEDPP, a profissional está sem receber seu salário por divergência entre o posicionamento do INSS que considera  Danielle apta a atividade laboral e a Saúde da Petrobrás que a considera inapta para suas atividades laborais, não tendo  um posicionamento definitivo do gerente setorial Luiz Carlos , da Saúde e do RH da Petrobrás, não nos restou outra alternativa , cobrar do RH Corporativo  um posicionamento favorável a empregada Danielle, ou seja pagar imediatamente os salários atrasados da empregada e que doravante a mesma receba seus salários pontualmente até que o INSS aposente a empregada” – cobrou o ofício.

Convidada pelo Sindipetro-RJ, Danielle esteve presente no dia 10 de novembro em uma reunião do ACT 2017-2020 com os representantes de Recursos Humanos da Petrobrás para expor seu problema. Naquele dia, José Luiz Marcusso, gerente de RH informou que estava ciente do problema e que o mesmo seria resolvido até mês de dezembro. O fato é que o Natal se aproxima, junto com 2018, e o calvário de Danielle de Lima Barbosa não é solucionado.

DENUNCIE! – Assim como Danielle outros funcionários do sistema Petrobrás podem estar vivendo drama semelhante em que diante inépcia dos gestores da empresa e do INSS são obrigados a passar por esse constrangimento de implorar uma solução diante de tanta demora. O Sindipetro-RJ solicitou à Petrobras a relação de empregados nesta situação, mas não foi atendido. Se você petroleiro ou petroleira estiver passando por situação semelhante, denuncie.

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