Novo presidente da Petrobrás responde a processo na CVM

Ivan Monteiro pelo jeito é uma figurinha carimbada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O novo presidente da Petrobrás é alvo de processo sancionador na CVM e já pagou R$ 200 mil para encerrar outro processo aberto pela autarquia. Segundo publicado no jornal o Globo, Monteiro é citado em processo em andamento, juntamente com outros 39 atuais e ex-administradores da Petrobrás, por ignorar por cinco anos indícios de que a refinaria de Abreu e Lima (RNEST) e o Comperj valiam menos do que constava no balanço da companhia.

O processo foi aberto em 2017, e ainda não foi julgado, estando em fase de apresentação de defesas. Segundo publicado no jornal: “Ao ter adotado procedimentos inadequados para a elaboração, ou não, desses testes de recuperabilidade de ativos, (…) a administração divulgou informações econômico-financeiras com o potencial de induzir o investidor (e demais terceiros interessados) a erro de julgamento”, concluiu Fernando Soares Vieira, superintendente de Relações com Empresas da CVM, dentro do processo.

No termo de compromisso, Ivan Monteiro pagou R$ 200 mil à CVM em setembro passado para encerrar um processo em que era acusado de ter apresentado, em maio de 2016, em fato relevante incompleto ao mercado. O então diretor financeiro havia sido responsabilizado por não divulgar, em fato relevante, os valores em negociação no contexto da venda da participação da empresa na Nova Transportadora do Sudeste, mesmo depois de eles terem vazado à imprensa. A Petrobrás vendeu a unidade de gasodutos Nova Transportadora Sudeste (NTS) para consórcio liderado pela Brookfield por cerca de US$ 5,2 bilhões.

Em sua coluna publicada no jornal ‘Folha de São Paulo’, em 6 de junho, último, o jornalista Elio Gaspari também pesquisou sobre a frequência com que o novo presidente da Petrobrás é citado em processos na CVM, dizendo que Monteiro já havia feito acordos com a CVM que chegam a R$ 1,75 mi, por conta de outros quatro imbróglios ainda na administração de Aldemir Bendine, com quem havia trabalhado no Banco do Brasil, também no governo Dilma. Sobre o acordo de R$ 200 mil, o jornalista informa que a bagatela não foi paga por Ivan Monteiro, e sim por uma seguradora que “ampara” a diretoria da Petrobrás.

 

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