Prescindindo da colaboração crítica ou aprovação dos trabalhadores, o RH da Petrobrás apresentou seu novo “Plano de Carreira e Remuneração”. O pacote de maldades agora chama-se PCR e já será levado à próxima reunião para aprovação da diretoria.
Em substituição ao Plano de Classificação e Avaliação de Cargos atual (PCAC) o PCR será dividido em dois grandes cargos genéricos: Técnico e Nível Superior, com progressão de carreiras “Júnior”, “Pleno”, “Sênior” e “Master”. A fusão das tabelas salariais (as três do nível médio em uma e as duas do nível superior em outra) até poderá favorecer, aparentemente, a uma pequena parcela, mas pode causar, ao menos, uma situação de regressão do pleno para Júnior. Este rearranjo nos níveis e salários, e suas progressões, não solucionam o caso dos chamados “topados”. Embora possa causar de imediato um “efeito simbólico.”
A Petrobrás não informou sobre os critérios para avanço de carreira. A verdade é que continua a realidade do GD (Gerenciamento de Desempenho) em que o trabalhador fica a mercê do sistema de gestão para conseguir um avanço de nível ou promoção.
Vinculação à privatização
A direção aplica uma política de redução de recursos para o avanço de níveis e promoções na carreira dos trabalhadores. Existem situações em que a Petrobrás vai exigir mudança de ênfase e isso, certamente, não será sempre de comum acordo. O Sindicato entende que não podemos fazer uma discussão sobre esse PCR sem descolá-lo do atual momento de privatização da empresa. Desta forma, o trabalhador ou trabalhadora da Petrobrás não terá condições de fazer uma projeção em sua carreira, ficando a mesma determinada pelos interesses conjunturais da empresa.
A diretora do Sindipetro-RJ, Moara Zanetti faz uma análise do Plano de Carreira e Remuneração (PCR) apresentado pela Petrobrás em reunião com a FNP na última quarta-feira (13).
https://www.facebook.com/sindipetrorj/videos/2331056910269740/?t=26
Versão do impresso Boletim LXXVI
