Mesmo após as perdas relativas aos custos permanentes pelo pagamento do uso da malha sudeste (vide boletim Sindipetro-RJ XIV), os quais trarão retorno rápido para o investimento da Brookfield, a direção da Petrobrás insiste no erro e coloca a malha nordeste (TAG) à venda. Na última segunda (26), o Valor Econômico apresentou uma entrevista com o presidente da Itaúsa, uma das interessadas na TAG, o qual afirma que “provavelmente a Petrobrás será mais exigente em preço e condições (para a TAG)”, justificando o baixo valor de venda da NTS na pretensa crise financeira da companhia.
As ofertas pela TAG serão recebidas a partir da segunda quinzena de abril e a transação tem sido avaliada, sob fogos de artifício, entre US$ 6 e US$ 8 bilhões, como se tais cifras representassem um grande benefício para a companhia. Certamente outro prejuízo certo para a Petrobrás, que pagará aluguel pelo uso de mais um ativo estratégico e que hoje lhe pertence. Recentemente, a empresa recebeu o prêmio IJGlobal 2017 Awards pela entrega da NTS, considerada a melhor da área de Aquisições e Desinvestimentos na América Latina, no segmento de transporte da indústria de óleo e gás. O prêmio, ao contrário do que possa parecer, é um reconhecimento a excelência dos serviços prestados ao mercado.
(Versão do impresso Boletim 62 do Sindipetro-RJ)
