Teletrabalho = dormir com a roupa do trabalho

A Petrobrás reduziu o turno de oito para seis horas e achatou os salários com desmedidas que só deixaram os petroleiros ainda mais preocupados durante a pandemia. Como produzir as mesmas demandas em menos horas? As reclamações não param de chegar ao Sindicato. Se por um lado há flexibilidade no horário, por outro há uma invasão de privacidade. Mesmo que o trabalhador esteja em turno, no caso de uma reunião em outro horário ele é obrigado a se adequar e fazer o atendimento. Outra questão é o volume de serviços, que continuam na pauta de cobranças dos chefes, mesmo com a redução do horário de serviço. 

Ocupado, é ocupado!

Desde o início deste século, o teletrabalho tornou-se tema frequente em pesquisas sobre a Saúde do Trabalhador. Não são novidades as doenças que envolvem esse relacionamento trabalhador x patrão. As demandas que muitas vezes extrapolam horários, que invadem as horas destinadas ao descanso, que limitam o lazer do trabalhador, que impedem o relacionamento com a família, que perturbam o ambiente da casa do trabalhador são todas relações do homem-sociedade e do homem consigo mesmo que estão descritas nos estudos recentes sobre doenças causadas pelo teletrabalho. Além de sofrer com todas estas pressões e tudo que envolve o isolamento, os petroleiros ainda vêm enfrentando o controle sobre o trabalho por chefias que estão desrespeitando até mesmo o botão de ocupado. O Sindipetro-RJ abriu um canal para denúncias e já está reunindo todos os depoimentos para tomar todas as providências cabíveis contra estes abusos: contato@sindipetro.org.br.

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