Segundo uma reportagem publicada na Revista ‘Crusoé’, o então presidente da Petrobrás, Pedro Parente, tem sociedade com um dos sócios do Banco JP Morgan, José Berenguer, na empresa Viedma. Em maio, último, a Petrobrás antecipou um pagamento de US$ 600 mi (cerca de R$ 2,2 bi) para o JP Morgan que venceria em 2022.
A Petrobrás confirmou a informação ao site Petronotícias, o que pode ser também confirmado no site ConsultaSócio.com. Ainda, segundo informações da Crusoé, o fato é que Pedro Parente sai da Petrobrás bastante preocupado com uma possível CPI, que já está sendo articulada no Congresso Nacional. A revista cita que Parente estava articulando conversas com lideranças do governo em Brasília e no Congresso e foi aconselhado a entregar o boné.
O Blog Fatos e Dados publicou uma carta do executivo endereçada a Michel Temer em que ele explica os motivos de sua saída da Petrobrás, e claro, a greve dos caminhoneiros foi um deles. “A greve dos caminhoneiros e suas graves consequências para a vida do País desencadearam um intenso e por vezes emocional debate sobre as origens dessa crise e colocaram a política de preços da Petrobrás sob intenso questionamento. Poucos conseguem enxergar que ela reflete choques que alcançaram a economia global, com seus efeitos no País. Movimentos na cotação do petróleo e do câmbio elevaram os preços dos derivados, magnificaram as distorções de tributação no setor e levaram o governo a buscar alternativas para a solução da greve, definindo-se pela concessão de subvenção ao consumidor de diesel” – diz trecho tentando justificar a entreguista política de preços dos combustíveis aplicada durante sua gestão.
Rolo com FHC
E neste final de semana pipocou na mídia a revelação de uma sociedade de Parente com ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem, aparentemente, ainda é sócio na incorporadora Sarlat Empreendimentos e Participações. Também fazem parte do quadro societário o ex- -ministro das Relações Exteriores de FHC, Celso Lafer, e Lucia Hauptmann, ex-mulher de Parente.
Segundo o Jornal do Brasil, a Prada, responsável por gerir finanças de famílias milionárias, prosperou durante o período em que Parente esteve à frente da Petrobras. A empresa incorporou clientes ainda mais abastados, famílias bilionárias e até mesmo companhias. Uma das sócias da Prada é Maria Leticia Freitas, conselheira da seguradora BB Mapfre, controlada pelo Banco do Brasil. Pode ter pesado o fato de que o atual presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, tenha sido vice-presidente Financeiro do banco de 2009 a 2015.