Demissões de trabalhadores, valor do vale e falta de estrutura são possíveis fatores na proposta
A empresa quer implantar vale refeição/alimentação no CNCL, mas existem vários fatores que o Sindipetro-RJ está questionando. Veja alguns:
– Demissão em massa das copeiras;
– Acúmulo de atividades: operação de console + preparo da própria refeição;
– Não há garantia de estrutura no acordo (número de microondas, pratos, talheres, etc.);
– Ingerência no armazenamento em refrigerador (produtos vencidos, acúmulo de restos de refeições e troca equivocada de itens/recipientes);
– Estrutura insuficiente (falta de despensa para armazenamento de biscoito, suco, etc.); e
– Valor do vale (V/A ou V/R) dependente de negociação coletiva (ACT).
Estrutura foi desmontada
Segundo relatos de trabalhadores, no passado havia comida congelada na Unidade. Depois, foi implementada também a comida “in natura” que era fornecida por um restaurante e disponibilizada em esquema de autosserviço.
Recentemente, durante a obra para o “Novo CNCL”, os operadores foram para o TECAM onde o esquema da alimentação foi mantido.
Mas, com a pandemia, houve mudanças. Os trabalhadores foram separados em dois grupos: sede e TECAM. Na sede, só havia congelados e chegou a haver falta deles, mas no TECAM o restaurante fechou. Lá, a gerência local alegou que havia subutilização do restaurante, mantendo apenas a comida congelada.
Gestão é autoritária
Sem negociar com os trabalhadores, a Transpetro implantou uma minidiária de R$ 45,60 para lanche ou café da manhã, sendo este valor uma revisão do valor anterior da meia-diária (R$79,80).
Em dezembro passado, a empresa propôs descontos de valores que foram pagos aos trabalhadores a título de indenização por gastos com alimentação e o Sindipetro-RJ enviou ofício solicitando explicações, porque não houve qualquer justificativa por parte dos gestores. Ofício 297 – Descontos de Diárias de Alimentação CNCL
Em março deste ano, o Sindipetro-RJ enviou novo ofício com uma série de questões sobre o tema (Ofício 46 – Alimentação no CNCL), porém os descontos que o Sindicato entende como indevidos apareceram no contracheque de abril. É importante a Transpetro voltar a pagar, no mínimo, a meia-diária para cobrir o café da manhã, o lanche da tarde/noturno e os acompanhamentos (salada, sucos, sobremesa, etc.) que foram cortados do turno do CNCL.