Frente à intransigência da direção da empresa que insiste na venda de refinarias e demais ativos estratégicos, criando uma perspectiva de demissão de milhares de trabalhadores , a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e seus sindicatos, reunidos nesta quarta-feira, decidiram convocar assembleias para avaliar a proposta do TST e iniciar a greve em 16 de outubro. Ressalta-se que até o momento não há minuta oficial da empresa, a qual não se pronunciou nos autos da mediação. O calendário será divulgado em breve.
Também nesta quarta, no final da tarde, a diretoria do Sindipetro-RJ, em reunião colegiada com a presença de petroleiros e petroleiras de diversas bases, avaliou o quadro atual (foto).
Reforçamos junto à categoria a necessidade de mobilização para desmascarar todo esse jogo baixo da direção da empresa, que num momento tão delicado de negociação ameaça os petroleiros e petroleiras com transição para a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e acordos individuais, além de prosseguir no desmonte da Petrobrás, sob a batuta de um governo autoritário que oprime os trabalhadores retirando direitos trabalhistas e previdenciários.
A saída é coletiva. Mais do que nunca, precisamos estar unidos e dizer um sonoro NÃO a qualquer tentativa da Petrobrás de retirar nossos direitos. Rejeitar as manobras da direção da Petrobrás e iniciar a GREVE é o único caminho para não sermos esmagados e vermos milhares de petroleiros e petroleiras perdendo seus empregos! Como exemplo, citamos a greve dos Correios, que garantiu a manutenção integral do ACT por dois anos, em dissídio julgado pelo TST na tarde de ontem graças à mobilização da categoria.
No Rio de Janeiro o Colegiado decidiu convocar “ad referendum” as assembleias, visto que as assembleias anteriores já haviam referendado a condução da Campanha Reivindicatória até o momento.
Assim, fortalecemos o chamado a todos os sindicatos para deflagração da GREVE NACIONAL PETROLEIRA!