Manifesto final do encontro, realizado dias 20 e 21 de dezembro, na sede do Sindipetro do Litoral Paulista, enfatiza a necessidade de construir uma ampla unidade de ação entre os trabalhadores e suas organizações na defesa dos direitos da classe e das riquezas do país.
Reunida em Santos, nos dias 20 e 21 de dezembro, a FNP, Federação Nacional dos Petroleiros, , debateu o cenário de 2019 e as ações para defender nossos direitos frente aos graves ataques que já estão sendo anunciados e implementados. Hoje o que se avizinha é a privatização completa e acelerada do Pré Sal, das subsidiárias, das refinarias, dos dutos e terminais, das demais estatais e das nossas riquezas. Além disso, também está anunciada a perda do direito à aposentadoria tanto com a reforma da previdência, quanto com o ataque aos fundos de pensão como a PETROS, POSTALIS, FUNCEF etc., além disso, o objetivo é a retirada ou a oneração abusiva em todos os planos de saúde das estatais.
Há um cenário novo de um governo de ultradireita, ultraliberal e aliado a setores das Forças Armadas brasileiras, que pela primeira vez na história de nosso país, pelo menos desde a redemocratização, toma o controle do poder político. Logo, não podemos de forma alguma ver os ataques aos nossos direitos de forma isolada.
Reunião ampliada debate conjuntura e estratégias
Além das palestras sobre “Conjuntura política e os desafios para o avanço da categoria”, ministrada por Cacau Pereira, do IBEPS, “Índices e metas do regramento da PLR proposto pela Petrobrás”, por Renata Belzunces, do DIEESE, e “Importância estratégica das refinarias”, com o economista Eric Gil Dantas, os representantes dos sindipetros da FNP debateram as ações em defesa da Petros; PLR; os desafios da manutenção do efetivo próprio; e o enfrentamento às resoluções do CGPAR.
Vinícius Camargo, um dos diretores do Sindipetro-RJ que participou do encontrou disse que a Federação já demonstra sua disposição para organizar as lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores e das riquezas nacionais, a partir da defesa da Petrobrás e do Pré-Sal.
Construir a resistência unificada contra todas as privatizações
A Petrobrás, todas as empresas de seu sistema e o Pré-Sal estão, mais uma vez, na mira do imperialismo, bem como inúmeras outras estatais e setores estratégicos de nosso país. Paralelo a esse escopo mais geral, essas mesmas estatais já estão sendo vítimas de medidas que visam o seu desmonte, bem como sua entrega ao capital nacional e internacional. Diante de tudo isso, a FNP compreende que, mais do que nunca, é imperioso a construção da resistência de forma unificada contra a sanha entreguista, lutando contra todas as privatizações, evitando a liquidação do patrimônio nacional, das capacidades e potencialidades de desenvolvimento e soberania, além de defender as liberdades democráticas.
Frente a esse quadro, a FNP buscará ser parte da construção da mais ampla unidade de ação contra essas ofensivas
Realizar uma campanha nacional da FNP em todas as mídias possíveis com os seguintes eixos: Contra a privatização da Petrobrás, de todas as empresas de seu sistema, a entrega do Pré-Sal, das demais estatais e riquezas do País; Por uma Petrobrás a serviço da classe trabalhadora. Redução dos preços dos combustíveis e gás de cozinha! Sugerir aos sindicatos da FNP realizarem seus Congressos até abril/2019, visando a entrega de proposta de ACT, no final de maio.
Bloco Unidade da luta petroleira
– Sugerir aos sindicatos a organização de encontros regionais, estilo COPESP, até abril/2019, observada a autonomia dos sindicatos e federações, além de construir boletins informativos unificados no estilo do que foi realizado agora em São Paulo;
– Buscar unificação dos 17 sindicatos mais entidades petroleiras (FNP, FUP, FENASPE, AMBEP, AEPET, SINDICATOS DA BR DISTRIBUIDORA, GDPAPE, MARÍTIMOS, etc.) em um encontro/reunião/plenária, para construir uma pauta e um calendário comum;
Bloco Unidade das Estatais
– Intensificar participação da FNP em audiências e comitês em Brasília;
– Construir uma campanha salarial e contra a privatização unificada com as outras estatais;
– Propor e articular a construção de um encontro das estatais para organizar a luta comum;
– Buscar unidade com federações de estatais, como a FENTECT que já fez esse chamado. Articular uma reunião com a FENTECT no sentido de atender ao chamado;
– Participar de espaços unitários, como o fórum unitário das centrais sindicais, também do fórum que participa o ANDES e outras iniciativas do movimento, em busca de parceria na luta contra as privatizações;
– Intensificar a participação do Comitê de Empresas Públicas;
– Aproximar a FNP de institutos de formação, tais como, ILAESE, IBEPS e o DIEESE;
– Buscar unidade com Associações, como a ANTB e outras que representem os caminhoneiros autônomos;
– Buscar unidade com a COBAP e suas federações;
– Realizar campanhas publicitárias unificadas contra privatização, com outdoors, vídeos, etc.
– Valorizar e seguir atuando com as ações jurídicas contra venda de ativos
– Realizar caravanas pelo Brasil contra privatização das empresas públicas
Eixos
– Contra a privatização da Petrobrás, de todas as empresas de seu sistema, entrega do Pré-Sal e demais estatais e riquezas do País;
– Por uma Petrobrás a serviço da classe trabalhadora. Redução dos preços dos combustíveis e gás de cozinha!
– Em defesa dos direitos e das liberdades democráticas;
-Defesa de um plano emergencial de geração de emprego, dos direitos trabalhistas e contra o fim do Ministério do Trabalho;
– Defesa da Previdência Pública e universal e contra a privatização dos fundos de pensão;
– Defesa e valorização dos aposentados e pensionistas. Tootal isonomia na política de reajuste entre aposentados e trabalhadores da ativa;
– Defesa da Educação e da Saúde Pública, gratuita e de qualidade;
– Defesa da política de igualdade racial, de gênero e respeito às diversidades sexuais. Contra toda forma de opressão e exploração;
– Defesa dos povos nativos e originários, suas terras e suas culturas;
– Defesa da água, das florestas e da Amazônia como universal e pública;
– Defesa de Reforma Urbana e Agrária;
– Contra a criminalização dos movimentos sociais;
– Pela revogação da EC/95, que congela o orçamento e impede o atendimento das necessidades de saúde, educação e segurança da população;
– Em defesa do emprego, salário e moradia;
– Pela liberdade de ensinar e de aprender, em defesa da autonomia das instituições de ensino públicas.
Calendário
16/01 Seminário sobre Petros no Sindipetro ALSE;
24/01 Seminário sobre Petros no Sindipetro SJC;
24/01 Dia Nacional dos Aposentados com mobilizações locais durante a semana;
27/01 mobilização da COBAP em Aparecida do Norte;
Final de janeiro Reunião do comitê de empresas públicas em Brasília;
Final de janeiro Reunião do grupo nacional do CGPAR em SP;
Início de Fevereiro 3 COUPESP (Sindipetros de São Paulo);
– Plenárias contra o Petros 3, em defesa da alternativa construída pelas entidades.
08/03 Dia Internacional das Mulheres. Participação nos atos junto com os movimentos sociais e divulgação das pautas da categoria;
Janeiro/Abril Congressos Regionais dos Sindicatos da FNP;
Maio Congresso da FNP no Rio de Janeiro;
Versão do impresso Boletim CIII