Nesta sexta-feira (21/05), a greve da Petrobrás Biocombustível (PBIO) prossegue no seu segundo dia com 90% de seus trabalhadores e trabalhadoras no Rio de Janeiro, Montes Claros-MG e Candeias-BA
No escritório da empresa, no Rio de Janeiro, mais de 80% dos trabalhadores sem funções gerenciais, em situação de teletrabalho, também participam da paralisação. Em Montes Claros, quanto em Candeias, todas as unidades de processo de biocombustível foram paralisadas.
No primeiro dia de greve, ontem (20/05), ocorreram mobilizações virtuais e presenciais no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, estados que contam com unidades da subsidiária de biocombustíveis da Petrobrás, a greve é por tempo indeterminado. Logo pela manhã, o Sindipetro-RJ promoveu uma live com informes e participações ao vivo direto de Montes Claros e Candeias.
Os trabalhadores e trabalhadoras da PBIO desenvolvem trabalho competente e comprometido com o respeito social e ambiental, incluindo a agricultura familiar na cadeia produtiva e logística, criando empregos e fomentando os mercados regionais. A luta dos trabalhadores revela mais uma venda de um ativo importante do sistema Petrobrás, cheia de irregularidades já denunciadas ao MPF, TCU, Cade e também com ações populares no Rio, Minas e Bahia. A greve exige a incorporação desses trabalhadores ao sistema Petrobrás.
As federações petroleiras (FNP e FUP), promovem o Dia Nacional de Mobilizações em apoio à greve da PBIO na próxima segunda-feira (24/05).
Sindipetro-RJ anuncia calendário de mobilizações e atos
Aqui na base do RJ, há mais de sete meses, o Sindipetro-RJ tentar encaminhar uma negociação com a Petrobrás, mas no último 5 de maio, após uma reunião, a representação da empresa anunciou que não fará qualquer negociação, dando por encerrado o assunto.
O Sindicato expôs que os trabalhadores estão sendo tratados como mão de obra descartável, que são trabalhadores concursados e que estão com os empregos em risco, porque a empresa sequer ofereceu a possibilidade de incorporação no sistema Petrobrás.
Para facilitar a privatização da PBIO, a direção da Petrobrás assumiu um passivo de R$ 788 milhões por conta de uma dívida com a Bambuí Bionergia, uma atitude imoral frente à recusa da incorporação pela Petrobrás dos trabalhadores da PBIO que representam uma mínima fração do montante deste passivo, e nem sequer oferece um PDV digno, cujo teto foi menor que o piso do programa da Petrobrás.
O Sindipetro-RJ anunciou um calendário de mobilizações (Imagem) em suas bases em apoio à greve da PBIO, e convoca para um Ato Nacional a ser realizado na próxima quarta-feira(26/05).
Ainda na manhã desta sexta foi realizada uma plenária virtual promovida pelo Sindicato que contou com a participação de representações de movimentos sociais, federações sindicais, sindicatos, associações de classe, coletivos e centrais sindicais que expressaram seu apoio ao movimento grevista dos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás Biocombustível.
Fizeram uso da palavra o Dep. Federal Glauber Braga (PSOL/RJ), Atnágoras Lopes (Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS Central Sindical e Popular), Alexandre Samis (Organização Popular), Cyro Garcia (PSTU), Adriano Dias (CSP-CONLUTAS RJ e Corrente Combate), Bruno Terribas (Sindipetro PAAMMAAP / FNP), Luiz Corrêa (Sindimobi), além, é claro, dos diretores do Sindipetro RJ e dos grevistas da PBIO.
Chamado importante à categoria e a classe trabalhadora
Os Sindipetros – RJ, BA e MG – lançam um manifesto em que é feito um importante chamado e que pode ser resumido no seguinte trecho: “Somos nós que fazemos essa (ainda) gigantesca empresa funcionar. A empresa mais estratégica do nosso país. Somos nós trabalhadores brasileiros que geramos toda a riqueza do país, de nós surrupiada. Podemos virar esse jogo. Por isso, fazemos um convite: que todos os sindicatos petroleiros pelo Brasil afora, centrais sindicais, movimentos sociais e populares, associação de moradores, ecologistas se esforcem ao máximo no sentido de pautar a greve dos empregados da Petrobrás Biocombustível em todas as oportunidades.
Na Petrobrás, contamos com a solidariedade ativa dos colegas em todas as bases, em todas as unidades, operacionais e administrativas. Que os Sindipetros e as Federações pautem a importância dessa greve se ampliar. Que os petroleiros de todos os lugares do Brasil se manifestem a favor da greve em andamento e se engajem junto aos sindicatos na construção de uma greve nacional da categoria petroleira” – conclui.
Que os petroleiros de Norte a Sul se apresentem como protagonistas na defesa dos empregos e da recuperação do tesouro que é o Sistema Petrobrás.
VAMOS À LUTA. VAMOS JUNTOS!
Saudações petroleiras
