Para a cada vez mais truculenta gestão do sistema Petrobrás bastaram apenas algumas cápsulas de café para desqualificar os 11 anos de bons serviços prestados à Transpetro por parte do engenheiro Vinícius Giorgetti. Profissional reconhecido por sua idoneidade, ética, responsabilidade e capacitação técnica, Vinícius, que passou a maior parte da vida laboral no estado de São Paulo, foi transferido para trabalhar na sede da subsidiária no Rio, em abril de 2018, tendo sido indicado para assumir uma consultoria.
Ao longo de sua carreira fiscalizou com hombridade diversos contratos vultosos, porém, após um evento da NTS ocorrido em abril passado, Vinícius foi demitido por justa causa por conta de cápsulas de café! O presidente da NTS, sem nada mais útil para se ocupar, solicitou à Transpetro que demitisse o petroleiro, no que a empresa, de forma vergonhosa e servil, atendeu rapidamente efetivando a demissão em maio. A justa causa ocorreu sem instauração de Comissão de Investigação e sem direito de defesa para o trabalhador, em um processo totalmente sem transparência ou ética.
O Sindipetro-RJ buscou negociar com o RH e o presidente da Transpetro, mas não foi sequer respondido em seus ofícios por este último. Já o RH manteve-se irredutível.
Vinícius decidiu judicializar o caso em São Paulo, onde recentemente o Juízo declarou a nulidade da demissão. Agora a luta é pela reintegração.
Sindicato luta para reverter demissões
Este não foi e nem será o último caso de demissão arbitrária na Petrobrás. O Sindipetro-RJ tem recebido trabalhadores demitidos nas circunstâncias mais absurdas, como os quatro engenheiros ambientais demitidos durante as negociações do ACT 2017/2019 e a médica Jussara, demitida por trabalhar de acordo com a ética médica (vide boletins Sindipetro-RJ n°s 29 e 113, respectivamente), dentre outros. Em dezembro do ano passado tivemos um processo de reintegração oriundo de uma demissão por justa causa também esdrúxula e mal conduzida.
Não bastasse isso, na semana passada, a coluna do jornalista Ancelmo Góis publicou que um funcionário da Petrobrás foi afastado por sete dias ao realizar comentários críticos no portal interno da empresa.
E enquanto isso, o que acontece com os gestores que prejudicam trabalhadores desta forma e ainda acarretam o pagamento de multas por danos morais por parte da companhia?? Nada!!
Por estas e outras, vale o recorrente apelo do Sindipetro-RJ: sindicalize-se! Envolva-se nas discussões com seu sindicato, participe.