Acompanhamento ACT: SMS

Na parte da tarde, a FNP voltou a sentar com o RH, dessa vez para debater demandas de SMS.

A reunião iniciou com a fala de um representante da gerência de Saúde da empresa, que explicou o motivo que levou a descontinuação dos Centros de Promoção de Saúde (CPS), prevista para acontecer a partir de 1º de junho. Transitoriamente, trabalhadores serão atendidos por reembolsos em academias externas.

De acordo com a gerência, um novo modelo de CPS ainda será proposto, que tem como objetivo fazer os funcionários se exercitarem mais.

Na reunião de AMS, realizada na última quarta-feira (8), empresa já tinha alegado que o custo benefício da CPS era muito alto.

A FNP afirmou, em mesa, que os CPS caracterizam uma conquista da categoria e não poderia ser descontinuado. “Investimentos em saúde e em bem-estar melhoram a vida do trabalhador, não deveria ser tratado como custo somente, até por que é um benefício que traz vantagens para empresa como aumento da produtividade e menos adoecimento tanto físico, quanto mental”, contestou a Federação Nacional.

“Com o novo modelo de CPS, a ideia é ofertar um número maior de atividades físicas a um número ainda maior de trabalhadores, além de promover uma alimentação mais saudável. Achamos que esse é o melhor caminho”, informou a gerência de Saúde. A FNP afirmou que uma forma de atender mais trabalhadores seria fazer um modelo misto com reembolso e o Centro de Promoção de Saúde .

Segundo a gerência, ainda nesta quinta (9), a empresa enviará uma pesquisa para os trabalhadores, em que ele poderá responder qual atividade física mais gosta, além de outros questionamentos, com intuito de entender qual modelo de CPS é mais adequado para a empresa adotar. A FNP solicitou uma apresentação com os dados da pesquisa.

Em seguida, algumas demandas de SMS, colocadas na última reunião sobre o tema, foram pleiteadas mais uma vez.

FNP questionou o ocultamento de casos de acidentes de trabalho e solicitou uma apresentação sobre os acidentes anuais.

PPP

A FNP também cobrou uma explicação sobre as alterações na metodologia de dosimetria de ruído, impactos no PPP e na aposentadoria especial.
“Em outras palavras, mais uma vez, a Petrobrás altera a aposentadoria especial dos petroleiros”, criticaram representantes da FNP. “Queremos saber qual é o conteúdo da consulta feita ao INSS”, cobrou os representantes da Federação Nacional.

Benzeno

FNP questiona mais uma vez sobre o alto índice de exposição dos trabalhadores ao benzeno e a negligência dos gestores da Petrobrás com a vida dos petroleiros. Relatos sobre casos de trabalhadores com câncer também foram feitos.

Urucu

Outro ponto bastante criticado pela FNP foi a decomposição dos alimentos na Província do Urucu destinados à alimentação da categoria, situação que resultou em intoxicação alimentar de vários trabalhadores.

Segundo a Petrobrás, foi detectado alimentos vencidos no estoque sim, porém, esses alimentos não foram liberados para ninguém.

FNP contestou a resposta e relatou o adoecimento de mais de 80 trabalhadores, com diarreia e vômito, consequência da ingestão de alimentos vencidos.

Outros temas também foram debatidos, como: dificuldade de embarque de representantes do sindicato nas CIPAS das plataformas; implementação da NR37 nas plataformas sem envolver as CIPAS; alteração do padrão de fornecimento de água nas plataformas; falha de atendimento médico na plataforma de Merluza; e investigação de acidente no CENPES.

Novos pontos

A FNP criticou o programa “Amigo do Peito”, que cria um ambiente hostil entre os trabalhadores.

Por último, a FNP fez novos questionamentos, dentre eles: conduta de SMS (punição, demissão); problemas com braços de carregamento no Terminal de São Sebastião (São Paulo); problemas no preenchimento de PPP; relatório de acidentes;

Na sexta (10), FNP participa da reunião de anistia, a partir das 9h.

Fonte FNP

 

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