Não podemos aceitar o jogo do governo, que a cada pauta de retirada de direitos dentro do sistema Petrobrás isola determinada questão, pavimentando o desmonte da empresa. Não venham com iscas, pois não nos deixaremos enganar. O recado é claro: a nossa luta e mobilizações vão se acentuar na defesa da Petrobrás e de nossos empregos. É preciso enfrentar de forma organizada este projeto de governo e gestão para conseguir nossos objetivos como categoria. A mudança na tabela de turnos, a implementação do Banco de Horas e a proposta da nova PLR representam só a ponta do iceberg na preparação da empresa rumo à privatização. Já iniciamos as assembleias setoriais e seguiremos atualizando o quadro para participação da categoria. Veja um resumo dos ataques aos nossos direitos.
Jornada – troca de turno sem segurança e com açodamento; desrespeito ao interstício interjornada; desrespeito aos limites de exposição ao ruídos e produtos químicos; não reconhecimento de exposição a ruídos e produtos químicos no Sistema Petrobrás; tabela de turno imposta aos trabalhadores.
Condições de trabalho e emprego – sem garantia do efetivo mínimo para segurança operacional; não há reposição dos efetivos; sem programação de admissões por concurso público; GD modelado para demitir.
Não à precarização – demissões e reduções de salários de terceirizados; redução de efetivos.
Remuneração – PLR que não reconhece a contribuição de todos; não pagamento das PLRs de 2019 e 2020; falta de auxílio-transporte e pagamento do dia de desembarque nas plataformas; passivo da RMNR não pago.
Defesa da aposentadoria – não pagamento das dívidas com a Petros; empresa incentiva a não homologação das rescisões no Sindicato; calote de passivos de níveis e RMNR dos aposentados; exclusão de descontos da AMS e empréstimos devido ao PED, levando à inadimplência.
Soberania e defesa da Petrobrás – desmontam a Petrobrás como empresa nacional e integrada de energia, entregam refinarias, dutos, FAFENs e terminais, desmobilizando profissionais nas diversas regiões do Brasil; redução drástica do conteúdo local, da oferta de empregos no país e do crescimento da economia; cortes de verba para pesquisa; limitação ao desenvolvimento tecnológico; leilões do Pré-Sal; atacam a perspectiva de uma Petrobrás 100% estatal, sob controle democrático dos trabalhadores e do povo.