• É preciso denunciar que Castellovírus e gestores do RH/EOR atentam contra a vida dos trabalhadores e da população!
• Aproveitam-se da crise sanitária para demitir, reduzir salários e realizar hibernações e transferências, preparando o projeto de Petrobrás que querem para o pós-pandemia
• Ao mesmo tempo, se recusam a reduzir as atividades da companhia ao necessário para combater à COVID-19
• Cerca de 150 casos confirmados entre empregados do Sistema Petrobrás, sem contar a recusa da empresa em confirmar informações sobre os óbitos, subnotificações e o provavelmente bem maior número nas demais empresas que operam nas áreas da Petrobrás
Apenas na holding já são 1.372 casos registrados, 132 confirmados, 939 suspeitos, 301 descartados e 450 a 500 testes realizados, segundo informe da EOR (Estrutura Organizacional de Resposta) desta quarta(15/04). Somam-se a estes 14 confirmações e mais setenta suspeitos na Transpetro. E pelo menos duas mortes.
Os casos de COVID-19 em plataformas de petróleo no país já somam 126, sendo que 74 desses profissionais acessaram instalações marítimas de perfuração e produção. Ainda, segundo Agência Nacional de Petróleo, os casos suspeitos já se aproximam de 900 em várias unidades de produção na costa.
A gestão de Castello Branco continua negando-se a fornecer as informações necessárias (sobre os óbitos, casos graves e registros por unidade) para que cada um de nós possa se proteger e decidir como fazê-lo e para o sindicato fiscalizar as medidas que estão sendo tomadas. Apesar da insistente exigência dos sindicatos quanto ao fornecimento das informações, a resposta da empresa é “que busquem os meios jurídicos ou quaisquer outros”.
As mortes diárias no Brasil já passam das 200. Já são mais de 23.000 casos, com 1.328 mortes, segundo dados da OMS, e cálculos apontam para uma realidade de subnotificações como o próprio Ministério da Saúde informa, as quais podem fazer com que esses números cheguem a mais de 350.000 infectados.
Serão milhares de mortos em alguns dias, graças à necropolítica de Bolsonaro/Mourão & cia. Mesmo aqueles que dizem defender o isolamento, o fazem mantendo os olhos em seus lucros (ou dos que patrocinam seus governos e mandatos). Assim, avançam no Legislativo e no Judiciário MPs e PLs que retiram direitos, como aconteceu, por exemplo, na calada da noite desta terça (14) quando a Câmara dos Deputados, sob o comando de Rodrigo Maia aprovou a carteira verde amarela de Bolsonaro, a MP 905.
Por isso, a situação de “isolamento” e “distanciamento” nas indústrias é bem diferente. E não estamos falando dos setores essenciais (mesmo neste caso, há de se discutir o que é considerado “essencial”).
Versão do impresso Boletim 208