Em terceira reunião da semana com a FNP, Petrobrás não se comprometeu nem em fixar uma data para a entrega de NOVA proposta
Nesta quarta (10), a FNP participou da terceira e última reunião temática convocada pelo RH da Petrobrás para buscar “zonas de possíveis acordos e entender as propostas da FNP”, mas tudo não passou de mais um ato na peça teatral da Petrobrás para protelar as negociações do ACT. O RH apresentou temas de profunda relevância para os trabalhadores: Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) e relações sindicais, mas não houve seriedade.
Não ao risco à Saúde e Segurança
A FNP tem citado o assédio, a invenção de padrões e outras formas que os advogados e gestores têm se empenhado em usar na sabotagem de uma passagem de serviço segura. Na reunião, os diretores da Federação denunciaram essas condições e afirmaram que cada gestor será responsabilizado pessoalmente pela condução da destruição do ACT com o aumento do risco de acidentes e eventuais óbitos que, como todos sabemos, serão inevitáveis se prevalecer a intenção desta gestão.
A FNP lembrou que o capítulo de SMS foi duramente atacado pelo RH de Bolsonaro na proposta da empresa: houve exclusão de várias cláusulas de proteção da saúde e segurança do trabalhador, transformação de Comissões oficiais em “reuniões” genéricas, exclusão dos sindicatos e das CIPAs a partir de uma lógica de menorização dos incidentes (contrariando qualquer estudo básico da pirâmide de SMS). A empresa ofereceu grande retrocesso e falta de transparência no teatro da desnegociação, além da prática cotidiana que já vem implantando.
Práticas antissindicais
O bloqueio de acesso aos dirigentes sindicais liberados, a diminuição e falta de isonomia para as liberações foram reforçados na reunião pela FNP e, para surpresa de ninguém, o RH não indicou qualquer “zona de possível acordo”.
Compromisso zero
Portanto, a companhia não se comprometeu a apresentar proposta esta semana, reafirmando o que a FNP tem divulgado: esta foi uma rodada de blábláblá, com três dias consecutivos de reuniões temáticas, e se configurou como nada mais que uma manobra protelatória para tentar empurrar goela abaixo de trabalhadores ativos e aposentados uma perda inédita de direitos e aumento do risco de vida para aqueles que construíram a empresa e que garantem os lucros indecentes dos acionistas – seja o governo Bolsonaro em seu afã eleitoreiro, sejam os próximos governos, sejam as multinacionais e grandes acionistas estrangeiros.
Mais uma vez, é zero milímetro de avanço da proposta já massivamente rejeitada pela categoria. Saiba mais:
Petrobrás não apresenta proposta e insiste em aumento no Plano de Saúde
Greve iminente
Apesar da FNP ter insistido na cobrança, o RH não aceitou em fixar uma data para a entrega de NOVA proposta.
Fiquem atentos: a FNP vai convocar assembleias na próxima semana para discutir a deflagração da greve apontada para a semana de 23/08!
Por um ACT digno, já!
Assista ao vídeo com o diretor do Sindipetro-RJ e da FNP, Eduardo Henrique e compartilhe!