Paulo Guedes oferece imperdível oportunidade para investidores do setor de telecomunicações no Brasil, ameaçando a integridade e a eficiência econômica da estatal
A hierarquia privatista na Petrobrás está destruindo tudo o que pode do Sistema e tem pressa. Dessa vez, está colocando à venda as linhas de comunicação da empresa – uma rede de fibra óptica onshore que possui a extensão de aproximadamente 8 mil km e abrange TODAS as regiões do país, conectando capitais e regiões metropolitanas.
Na segunda (17), o Memorando de Informações Confidenciais foi distribuído aos potenciais compradores. O teaser está circulando desde o dia 30/09. Além de abocanhar um excelente negócio, os compradores vão levar de brinde o uso das faixas de servidão e de toda a infraestrutura como as Estações de Telecomunicações da Petrobrás. Para gerenciar o processo, foi contratada a multinacional Ernst & Young.
Sempre bom lembrar que o governo Bolsonaro infringiu a Lei das Estatais ao colocar na presidência da Petrobrás o COMUNICÓLOGO Caio Mário Paes de Andrade, comprovadamente desqualificado ao cargo. https://sindipetro.org.br/acao-popular-afastamento-paes/
Veja o que a estatal perde com essa privatização:
– as fibras seguem faixas de gasodutos e oleodutos do Nordeste ao Sul e um trecho na região Norte em rotas únicas, exclusivas, com alta confiabilidade e segurança garantidas;
– são rotas que possuem conexões estratégicas, porque já possuem plataforma planejada para expansões;
– as rotas oferecidas representam enorme potencial para compor operações em redes neutras (pode ou não ser móvel) que ganham cada vez mais importância no Brasil e no mundo;
– essas redes de transmissão de alta capacidade estão cada vez mais valorizadas por causa da implantação do 5G;
– a faixa de Urucu/Manaus é um ativo único de alta confiabilidade implantado em uma região de difícil acesso e totalmente carente de infraestrutura de telecomunicações; e
– a grande maioria dos cabos possuem capacidade de 36 fibras ópticas cada e estão acondicionados em bitubos de polietileno de alta densidade que garantem proteção e versatilidade de manutenção enterrados a até 1,5m de profundidade.
Pagamento de aluguel
O problema acaba sendo dobrado, porque além de perder um ativo estratégico, a estatal na maioria das pós-vendas acaba tornando-se dependente, com custos permanentes, como já ocorre com os gasodutos, pagando aluguel para usar o que era próprio! Saiba mais: https://sindipetro.org.br/gas-natural-povo-e-industria-pagam-a-conta/
Os ativos serão vendidos em 4 blocos: Norte, Nordeste, Sul e Sudeste – ou seja uma desintegração do sistema para facilitar a compra pelo setor privado que pode formar consórcio e oferecer uma proposta conjunta para comprar mais de um bloco.
Não à privatização! Conheça a Campanha “Eu defendo a Petrobrás”: https://eudefendoapetrobras.com.br/