Ao podcast, diretor do Sindipetro-RJ explica como foi o processo de construção da “Cartilha Para uma Transição Energética Justa do Petróleo” e da apresentação do material na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
O podcast Lado B do Rio, em sua edição 129, contou com a participação do diretor do Sindipetro-RJ, Rodrigo Esteves que participou da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, ele conversou sobre o papel da Petrobrás em relação a transição energética. O evento contou com a participação de países e entidades de todo o mundo. O encontrou ocorreu em meio ao avanço de mudanças climáticas, a partir da interferência do homem e a necessidade de aprofundar o debate sobre a mudança de matriz energética, levando em conta um processo de transição.
Sobre a transição energética os trabalhadores da Petrobrás têm se aprofundado bastante na discussão do tema, tendo também participado da COP27, como no caso do dirigente sindical, Rodrigo Esteves que esteve no Cairo, capital do Egito, entre os dias 6 e 18 de novembro, com a viagem sendo custeada pelo Instituto Internacional Arayara.
Tudo começou em um ato contra leilão de blocos exploratórios
Esteves durante um ato na frente de um hotel no Rio, onde iria ocorrer um leilão dos blocos exploratórios de petróleo, conheceu o trabalho do Instituto Internacional Arayara, que estava lá com alguns representantes de comunidades ribeirinhas, pessoas de comunidades afetadas pela exploração de alguns desses blocos. Tempos depois a ONG convidou o Sindicato para desenvolver uma cartilha sobre transição energética a partir da Petrobrás.
“Criamos então um grupo de trabalho com outros diretores interessados no tema e desenvolvemos o material que pudesse mudar essa realidade atual e que focasse também em energia renovável. Paralelo a isso, o Arayara fechou uma parceria com a USP, a através do Setor de Cidades Globais, também com a UFRJ aqui no Rio, por intermédio do LUPPA – Liga pela Universalização da Participação em Políticas Públicas Ambientais – com cinco meses de trabalho, sempre trocando ideias em reuniões quinzenais e aos poucos construímos essa cartilha. Foi um trabalho legal para nós do Sindicato, algo muito novo que é trabalhar com essa questão ambiental, abrindo um novo horizonte para a categoria” – explica o diretor.
E assim, foi criada a “Cartilha Para uma Transição Energética Justa do Petróleo”, apresentando oito princípios: Governança e Participação Popular; O Papel da Petrobrás na Transição Justa do Petróleo no Brasil; Trabalhadores e Empregos pelo Clima; Política Energética; Justiça Social; Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico; Economia Ecológica Regenerativa e Caminho para Deixar o Petróleo no Chão. (Link da Cartilha Completa).
O material produzido em conjunto com outras entidades envolvidas no projeto contou com a participação dos diretores do Sindipetro-RJ, Antony Devalle, Lilian Boaventura Fernandez Cuías, Natália Russo, Raira Coppola Auler, e Rodrigo Esteves.
Na COP27, em 16 de novembro, o material foi apresentado por Rodrigo no painel multidisciplinar sobre transição do petróleo e gás no Brasil, composto por além do Sindipetro-RJ, por FUP, Dieese, Instituto Arayara, Instituto Clima e Sociedade (iCS), USP, UFRJ.
“Nós como dirigentes sindicais temos o papel de cobrar da empresa, sejam investimentos, estudos e formações. Não devemos ficar restritos só às questões do trabalho, mas também do meio ambiente” – lembra.
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