ACT: temas da Diversidade e Combate à Violência no Trabalho avançam, mas devagar

Mais uma vez, a representação sindical debateu com o RH da Petrobrás temas que estão na pauta desde o ano passado e cobrou retorno imediato do ex-dirigente Wesley Brito ao CNCL

Na segunda (10), na abertura da reunião de Acompanhamento do ACT – Comissão de Diversidade & Combate à Violência no Trabalho, a representação sindical cobrou da Petrobrás medidas urgentes contra a ação inaceitável da subsidiária Transpetro que transferiu o petroleiro Wesley Brito do CNCL para o TECAM. Wesley estava na direção do Sindipetro-RJ até maio passado. É perseguição! É prática antissindical!

Durante a reunião, foram debatidos temas levados pela FNP e seus sindicatos que são de extrema importância para toda a categoria.

Acolhimento presencial

A FNP pontuou que a partir da destruição que ocorreu no SMS, as equipes locais deixaram de existir. Então, já passou da hora da Petrobrás ampliar os serviços em todas as instalações da Companhia, oferecendo o tão necessário acompanhamento presencial nas situações que demandam acolhimento.

Também foram cobradas as garantias para as/os que fazem denúncias. E os sindicalistas também criticaram a blindagem que geralmente é feita ao redor dos casos e dos envolvidos, mais para preservar agressores, quando estes possuem cargos de chefia. Isto é intolerável!

Fim da segregação dos terceirizados

Os sindicalistas chamaram atenção para os vários problemas que os trabalhadores que prestam serviços enfrentam de não poder, por exemplo, andar nos mesmos transportes ou se alimentar junto com os próprios. Houve denúncia inclusive de que a REVAP estava realizando revista apenas nos terceirizados! Foram ressaltados os complicados relacionamentos com as empresas contratadas que fazem muito pouco ou nada fazem quando há casos de assédio e oferecem planos de saúde rebaixados, quando oferecem!

É, portanto, uma situação intolerável que a Petrobrás precisa rever, estendendo todos os programas também aos terceirizados.

CIPAs

A FNP cobrou dados estatísticos de todo o Sistema Petrobrás e o cumprimento da Lei 14.457/2022 que levou as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e de Assédio a incorporar o combate ao assédio sexual e outras violências no ambiente do trabalho:

– participação do Sindicato e das CIPAs nas Comissões de Investigação contra o Assédio Sexual e outras formas de violência, caso seja a vontade da pessoa denunciante;

– ampliação do direito de indicação de uma terceira parte (ou mais de uma) também nos casos de assédio moral e outras violências (para além das sexuais); e

– realizar reuniões trimestrais nas unidades, bem como as gerais, para acompanhamento dos sindicatos e das CIPAs para retorno dos tratamentos das denúncias.

Estes pontos sobre as CIPAs vem sendo discutidos há tempos em algumas reuniões das CIPAs e do Sindicato. Recentemente, os temas também foram debatido no Fórum de vice-presidentes de CIPAs.

Também foram abordadas as necessidades específicas das mulheres que não recebem, por exemplo, EPIs adequados no setor operacional, entre outras questões.

O RH concordou que há muito ainda a avançar, se posicionou favorável aos pontos e se comprometeu a implantar novas medidas ou a estudar formas de conseguir atender à pauta. Foi ainda apresentado o projeto “Plataforma dos sonhos”, que traz adaptações específicas às demandas das mulheres. A FNP frisou que é uma iniciativa das mais importantes, mas que é preciso expandir iniciativas deste porte para todos da Diversidade.

Veja o vídeo gravado ao final da reunião com a diretora da FNP e do Sindipetro-RJ, Ana Paula Baião, e compartilhe: https://www.instagram.com/p/C8FSfZOJyO8/