Petrobrás segue na intenção de atacar o Teletrabalho

Pressionada,  Petrobrás diz que redução de teletrabalho, “neste momento” só vale para gerentada. Alerta! Isso significa que a Petrobrás fez apenas um recuo tático, para colocar a peãozada em banho Maria

A campanha puxada pelo Sindicato surtiu efeito, e mobilizações continuam e não é hora de baixar a guarda. A Petrobrás segue querendo atacar os direitos dos petroleiros no Teletrabalho. A resposta da companhia oficializada na tarde desta terça (16/07), mostra bem isso.

Em tempo, a Petrobrás desmarcou a reunião sobre o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) que estava agendada para esta quarta-feira (17/06), remarcando-a para dia 25/07.

Os trabalhadores e trabalhadoras devem estar cientes que essa medida é só o começo. Certamente haverá assédio da gerentada para que os trabalhadores façam mais um dia presencial na empresa, sob o argumento de necessidade de trabalho.

Mobilização precisa continuar mais do que nunca

É preciso manter a mobilização da categoria para exigir um aditivo ao ACT que garanta o regime atual do Teletrabalho, no intuito de abrir uma negociação para melhorar, flexibilizar e regrar essa questão definitivamente.

A Petrobrás resolveu se mexer e respondeu sobre a carta ofício (244/2024) encaminhada pelo Sindipetro-RJ/FNP há mais de 13 dias, em 03/07, em que cobrava explicações da empresa sobre informações extraoficiais de que a gestão pretendia cassar o atual regime de teletrabalho. Pelo visto, a mobilização da categoria surtiu efeito, a partir das reuniões setoriais e da mobilização.

“O modelo híbrido de trabalho é um compromisso do ACT 2023-2025 e por essa razão, não há planos para a finalização desse modelo, diferente do que vem sendo veiculado. O modelo híbrido adotado pela companhia deve buscar, sempre que possível, compatibilizar as necessidades e desafios da empresa com o bem-estar dos empregados.  Para os Empregados sem função gratificada as condições previstas atualmente para o teletrabalho seguem mantidas”, diz a resposta da companhia assinada pela Gerência de Relações Sindicais da Petrobrás.

Por enquanto, só para o andar de cima

No mesmo documento, a companhia indica que a decisão não é estendida, “por enquanto” quem não ocupa os cargos de confiança.

“Nesse sentido, para Gerentes Executivos, Gerentes Gerais e Gerentes o trabalho presencial será de no mínimo três dias, por semana, a partir de 01 de setembro de 2024. Para as demais funções gerenciais como Gerentes Setoriais, Coordenadores, Consultores, Supervisores as condições previstas atualmente para o teletrabalho seguem mantidas”, informa o documento.

Mobilização mantida nesta quarta (17/07)

Desta maneira estão mantidas as mobilizações previstas para esta semana, como a agendada nesta quarta-feira (17/07), pela manhã, no EDISEN, quando será exibida uma live da diretoria em que será feita a seguinte pergunta para a atual executiva-chefe da Petrobrás:

Presidente Magda, o que você acha da contribuição do Teletrabalho para a saúde (física e mental) e segurança do (a) trabalhador (a), além do favorecimento à especulação imobiliária e acordos eleitorais?

Ainda nesta terça ocorreu uma mobilização na Transpetro sede, em que os trabalhadores defenderam a manutenção do regime atual de Teletrabalho. Segue agendada a setorial do EDIHB marcada para as 12h30.

Bases da FNP aderem às mobilizações

Também foi realizada uma reunião da direção da FNP, em que os sindicatos filiados já garantiram reforçar o apoio, promovendo mobilizações em bases importantes como Santos/SP e Aracaju/SE.

Já nesta quarta-feira, pela manhã, a partir de 9h30, a FNP participa como convidada de uma reunião do Conselho Deliberativo da FUP, em que o tema Teletrabalho está pautado.

Teletrabalho, nem um passo atrás!

 

Folheto da mobilização desta quarta (17/07)