E continuam os problemas com as terceirizadas no Complexo Boaventura. Agora com a Petrotech (DCN), que nitidamente apresenta não ter condições de atuar no sistema Petrobrás, e segue dando furo atrás de furo
Há cerca de sete meses, noticiamos que, durante negociação de ACT, os trabalhadores da Petrotech junto com o Sindipetro-RJ pressionaram a empresa e arrancaram nova proposta, que contemplava vale-refeição com valor fixo de R$ 1mil até o final do contrato e mais o recebimento de cinco parcelas mensais de R$ 335, retroativas a janeiro/2024, totalizando cinco meses com VR a R$ 1.335 e três meses finais do contrato com VR de R$ 1mil.
Pois é. Acontece que nem com esse acordo do pagamento das cinco parcelas a gestão da Petrotech conseguiu cumprir, sem que isso se tornasse um drama para os trabalhadores. Há dois meses, eles atrasaram o pagamento referente ao que seria a última parcela negociada, além do salário do mês e férias devidas, questões que só foram resolvidas após muita pressão do Sindicato e fiscalização. Mas ainda persistem problemas recorrentes de atraso nos depósitos de FGTS, descontos indevidos nos contracheques, alteração do plano de saúde para um com pior cobertura. Tudo isso acontecendo num cenário de descaso, onde os nossos companheiros não conseguem obter respostas satisfatórias do RH, e nem prazos concretos sobre as resoluções das demandas.
O medo dos trabalhadores é que mais um calote esteja se avizinhando, devido à proximidade do fim do contrato, e aparente falta de condições da empresa em arcar plenamente com suas responsabilidades trabalhistas. Apesar de todo o exposto, nos surpreende a informação que circula na rádio peão de que a Petrotech foi contemplada com um aditivo de mais alguns meses no Boaventura, e o recente contrato conseguido para prestação de serviços na UTE de Seropédica.
O Sindipetro-RJ está em contato com a fiscalização, a qual tem prestado todo o apoio necessário na resolução dos problemas apresentados, além de oferecer apoio jurídico aos trabalhadores que estão sendo lesados por mais esse patrão dentro do sistema.
Imagem Agência Petrobrás