Grandes protestos multitudinários ocorreram em Buenos Aires e Berlim para denunciar os retrocessos representados pela extrema-direita
No sábado (01/02), uma multidão tomou as ruas de Buenos Aires, capital da Argentina, para protestar em defesa da Diversidade e contra o governo ultra neoliberal de Javier Milei.
Em sua recente participação no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, o encontro que reúne a nata do capitalismo mundial, o presidente argentino fez um discurso em que atacou feministas e a comunidade LGBTQIA+.
“Armário e porões nunca mais”, “resistência trans” e “nem um passo atrás” eram algumas das palavras de ordem nos cartazes e faixas da manifestação chamada “Marcha Federal do Orgulho Antifascista e Antirracista LGBTQI+”, convocada por movimentos feministas e coletivos da diversidade sexual
O ato também foi chamado por organizações de direitos humanos, líderes da oposição, sindicatos, aposentados e artistas, promovendo a maior participação contra o governo de Milei desde a realizada em abril, em defesa do financiamento das universidades públicas.
Milei em discurso ataca movimento de mulheres em Davos
O estopim para a marcha, que também ocorreu em várias outras cidades do país, foi a intervenção do presidente argentino no Fórum Econômico de Davos no dia 23 de janeiro.
No encontro dos “senhores do capital”, reafirmando suas ideias de extrema-direita, Millei atacou o que chama de “wokismo”, afirmando que o “feminismo radical” vive da busca por “privilégios”, citando o conceito de “feminicídio”, entre outras agressões.
A mobilização contou ainda com a adesão de vários sindicatos influentes, como a ATE (funcionários públicos) e a CGT (principal central sindical do país), além de políticos da oposição, o que fez o governo chamar o protesto de fundamentalmente “político” nos últimos dias.
“Faltam 5 minutos para 1933”
Já no domingo (02/02), 160 mil pessoas protestaram em Berlim, capital da Alemanha, segundo cálculo da polícia da capital alemã contra a naturalização do discurso de extrema-direita. As manifestações também reuniram grandes multidões em Aachen, Augsburg, Braunschweig, Bremen, Colônia, Essen, Frankfurt, Hamburgo, Karlsruhe, Leipzig, Würzburg e diversas outras cidades menores.
Em Berlim, os manifestantes carregavam cartazes dizendo “Faltam 5 minutos para 1933”, em uma referência ao ano em que o partido de Adolf Hitler assumiu o poder na Alemanha pela via democrática.
A manifestações tiveram como alvo a colaboração entre o partido conservador União Democrata Cristã (CDU) e o ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) no Bundestag (Parlamento alemão), que resultou na aprovação de uma moção que propõe uma rigorosa reforma nas políticas migratórias do país, que vai restringir a entrada de imigrantes no país. Essa aliança foi considerada um rompimento histórico do chamado “cordão sanitário”, um acordo entre partidos tradicionais para impedir a ascensão da extrema-direita. As eleições federais na Alemanha estão agendadas para o dia 23/02.
8M tá chegando!
Neste contexto de luta, será celebrado no próximo 8 de março, o Dia Internacional das Mulheres, data que marca a luta das mulheres por igualdade de gênero e contra a discriminação. E como não poderia deixar de ser o Sindipetro-RJ já inicia os preparativos para uma mobilização junto à categoria petroleira, em especial, as mulheres petroleiras.
A luta das mulheres inclui eixos que atingem toda a sociedade. São direitos que precisam ser implementados pelo poder público para que haja garantia de saúde e vida digna para todas:
Combate ao machismo;
Combate ao racismo;
Não a todas as formas de assédio;
Não à violência contra a mulher! Basta de feminicídio! entre outros pontos importantes.
Brevemente, o Sindicato vai produzir um informe sobre atividade que irá propor no 8M!