A Diretoria da Petrobrás quer mais passos atrás – seguiremos respondendo com a nossa luta!

Na manhã de hoje (27/02), após a greve de 24h dos petroleiros em defesa do teletrabalho ocorreu uma live da diretoria executiva da Petrobrás em que a presidente Magda Chambriard, falando dos desafios que a empresa tem pela frente, disse que é necessário estarmos “unidos e apontando para o mesmo norte”. Contraditoriamente a diretora Clarice Coppetti reafirmou a política de retrocesso em relação ao teletrabalho, virando sua bússola na direção oposta ao da esmagadora maioria da categoria. Como construir a coesão necessária para que a empresa possa realmente superar seus desafios se há uma quebra de confiança entre os trabalhadores e a direção da companhia?

Nossa reivindicação pela suspensão da última alteração e estabelecimento de negociação para regramento não foi sequer mencionada. Não é possível que uma gestão que alega cuidar das pessoas não ouça seus próprios trabalhadores.

A atual gestão segue intransigente, e mais que isso, tem se mostrado desrespeitosa. A diretora ainda faltou com a verdade ao dizer que estariam promovendo um processo de diálogo com as entidades sindicais. Até o momento, na única reunião que tivemos, o RH nos pediu três semanas para trazer uma proposta, sem sequer suspender o calendário de implantação das mudanças. As três semanas pedidas pelo RH já se passaram e o dito diálogo infelizmente é uma farsa.

Seguimos aguardando qualquer aceno verdadeiramente democrático e transparente de diálogo, mas todas as atitudes da empresa têm sido no sentido contrário. As reuniões canceladas, desmarcadas ou “apenas de esclarecimento”; os diversos ofícios e “orientações” tem apenas reproduzido práticas antissindicais e assédio – que, diga-se de passagem, também é de se notar que a diretora Clarice Coppetti orientou que “os funcionários podem procurar a ouvidoria” retirando propositalmente o sindicato da equação, reforçando o “cada um por si e nós contra todos” que diziam condenar nas administrações anteriores. Não por acaso o RH cancelou a pesquisa de ambiência que pretendia realizar.

A mobilização e a greve de 24h provou que estamos unidos, atentos e fortes. Apesar do investimento para jogar a opinião pública contra a nossa reivindicação, apesar da campanha de medo e arbitrariedades orientada pela empresa contra a mobilização e o sindicato, nossa pauta tem crescido e se espalhado para além das vozes de dentro da categoria petroleira. E esse exemplo de mobilização que estamos construindo tem nos fortalecido e não vamos recuar;

O Sindipetro-RJ está e seguirá a serviço dos petroleiros e todas as suas instâncias democráticas deliberativas, escolhas de luta e formas de organização. A unidade do administrativo e operacional tem se tornado uma realidade e nossa luta seguirá cada vez com mais força.

Sindipetro-RJ