Jornais especializados informam que a Petrobrás vai lançar em janeiro um edital de arrendamento das fábricas de fertilizantes nitrogenados localizadas na Bahia e em Sergipe, o que poderá evitar o fechamento definitivo das unidades. O prazo foi acertado com os governos estaduais e federações de indústrias, que tentam evitar o desligamento das fábricas agora previsto para 31 de janeiro.
Em comunicado anunciado em 30 de outubro sobre nova prorrogação para hibernação das unidades, a Petrobrás disse que era preciso mais tempo para a “conclusão da análise das alternativas”, entre as quais um “possível processo de arrendamento das fábricas a terceiros “Precisamos aumentar a pressão para que a FAFEN permaneça como parte da Petrobrás, retome os investimentos, garanta os empregos, recupere os empregos perdidos e que o preço do fertilizante seja subsidiado em prol da agricultura familiar. As FAFENs de Sergipe e Bahia empregam diretamente 1.500 trabalhadores, e são gerados mais de 5.000 empregos indiretos na cadeia produtiva dessa indústria” – informa Bruno Dantas do Sindipetro-AL/SE.
As FAFENs de Sergipe e Bahia são responsáveis por 30% da produção de fertilizantes do Brasil, que importa 70% de sua produção.
“Parece auto-sabotagem com intenção de hibernar e privatizar essas fábricas, tendo em vista que o mercado de fertilizantes tem uma grande perspectiva de crescimento no país com a expansão da agricultura, seja do agronegócio ou a familiar visando a soberania alimentar. Na verdade, existem interesses de empresas estrangeiras como a russa Acron e a Bungie, que foi presidida por Pedro Parente, ex-presidente da Petrobrás, na saída desse mercado. Há tempos o Sindipetro-AL/SE está denunciando isso e vai continuar na luta para impedir essa intenção de entrega do patrimônio brasileiro que representam as FAFENS de Sergipe e Bahia” – concluiu Dantas.
Na edição do Boletim 26 , o Sindipetro-RJ publicou um apanhado completo da situação das FAFENs, confira em https://bit.ly/2D1nno5
Versão do impresso Boletim XCVI