Redução praticada pela Petrobrás só atende ao mercado internacional
Desta vez, a Petrobrás se superou chegando a praticar preços acima da paridade internacional! O litro estava mais caro de 3 a 7 centavos se comparado aos preços dos importadores. Então, a estatal fez um reajuste, reduzindo o preço da gasolina em 3,13%, para equilibrar o preço com o mercado externo. No mercado interno, os valores pagos pelos brasileiros continuam inaceitáveis.
A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) chegou a comemorar a medida da estatal que traz “tendência de estabilização nos próximos dias”.
Refinaria privatizada ignora redução
A Acelen, empresa que comprou a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) – agora chamada de Refinaria Mataripe – anunciou que não vai seguir a redução de preço da gasolina da Petrobrás. A decisão confirma o quanto é nociva a privatização das refinarias da estatal.
O Sindicombustíveis da Bahia repercutiu em nota que “não interfere no mercado e respeita a livre concorrência”.
Esse é o mercado que resulta da agenda de privatizações das refinarias da Petrobrás que está embaixo do braço de Paulo Guedes como uma prioridade desde o início do desgoverno.
Quando todas as refinarias estiverem nas mãos da iniciativa privada, os brasileiros pagarão muito mais caro. Não à toa foi adotada a política de Preços por Paridade Internacional (PPI), dolarizada. Apesar desse corte irrisório de 3,13% nas refinarias da Petrobrás, o primeiro aplicado desde junho, a alta em 2021 está acumulada em 67,9%! Em janeiro, o preço na refinaria era de R$ 1,98 e foram praticados reajustes constantes. Em março, a situação foi crítica com quatro reajustes, chegando em outubro a R$ 3,19.
Portanto, além da demora em dar uma resposta à sociedade, a medida da Petrobrás é irrisória e capenga e continua satisfazendo somente ao mercado internacional.
Para o diesel, por exemplo, que é responsável por toda uma cadeia rodoviária de circulação de mercadorias imposta aos brasileiros não houve qualquer redução. E os atingidos são todos os brasileiros que estão deixando de consumir alimentos e cruelmente os mais vulneráveis que estão morrendo de fome.