ACT 2022: RH da Transpetro faz mais uma reunião inútil, sem NOVA proposta

Sindipetro-RJ está realizando assembleias gerais extraordinárias para intensificar a mobilização

Na segunda (15), em reunião convocada pela Transpetro, o gerente de Remuneração, Relações Trabalhistas e Sindicais, Felipe Pacheco Teixeira, NADA trouxe de novidade e disse que o RH ainda está trabalhando na próxima proposta que deverá ser apresentada essa semana. Portanto, tratou-se de mais uma enrolação, demonstrando a completa irresponsabilidade da gestão e desrespeito à categoria.

CNCL, vai parar!

A reunião foi convocada pelo RH após recebimento de ofício enviado pelo Sindipetro-RJ, comunicando a deflagração de greve dos trabalhadores do Centro Nacional de Controle e Logística (CNCL) decidida em assembleias que foram realizadas entre os dias 28/07 e 06/08.

A motivação global para a greve é a rejeição da proposta inaceitável de ACT destacando-se especialmente os itens que mais afetam os controladores: a descontinuidade do pagamento do adicional de operação da mestra nacional, que vai causar redução de 30% nos salários e a exclusão do parágrafo 4º da cláusula 29ª (Excedente de Pessoal) que mostram a intransigência e o avanço da empresa na retirada de direitos dos trabalhadores, além das alterações no HETT, banco de horas, relação trabalho-folga e questões mais gerais como AMS, entre outros.

Bom termo ou má fé negocial?

Primeiro, a empresa apresentou uma Proposta de ACT retirando o adicional dos controladores; agora, na reunião, foi dito que se tentará chegar a um “bom termo”, mas NADA foi apresentado.

Os operadores que participaram da reunião protestaram, marcando indignação por terem se sacrificado para participar dessa reunião, depois de terem trabalhado a noite toda em turno, para NADA ser apresentado pela empresa. Falta de respeito!

Na reunião, os operadores lembraram os lucros astronômicos que estão sendo pagos aos acionistas da Petrobrás, enquanto querem cortar um adicional que vai rebaixar os salários em 30% daqueles que geram economia para a empresa!

Os operadores ressaltaram que são os trabalhadores, os equipamentos e os benefícios que juntos garantem toda a qualidade e segurança que a Petrobrás detém e divulga no mercado; que é esse trabalho que garante à petrolífera uma marca renomada; no caso dos controladores, são empregados comprometidos com um serviço superespecializado que precisa de no mínimo 8 meses de treinamento; que numa situação de crise são esses controladores que cuidam para que não haja prejuízo e que nunca será conhecida a dimensão do já puderam controlar quando se trata de evitar vazamentos e roubos nos dutos.

Foi ainda frisado pelos trabalhadores, que no caso de dano ambiental ou à vida são esses controladores do CNCL que correm o risco de serem processados e até presos. Então, o adicional não pode ser simplesmente retirado, ao contrário, ele era para ser visto como uma compensação pelo que é feito por esse trabalhador!

Mas, a hierarquia bolsonarista quer a destruição do sistema Petrobrás e está desmontando esse Sistema de forma metódica. Junto com as privatizações ataca a mão de obra da empresa, retirando direitos conquistados no ACT e que são inegociáveis.

Fora, gerentes assediosos!

Durante a reunião, foram feitas denúncias sobre as ações de gerentes no CNCL que insistem em espalhar mentiras sobre o direito de greve que é regido pela legislação vigente (Lei 7.783/1989). Além de ficarem fazendo orientações erradas, eles estão entrevistando trabalhadores de forma individualizada para saberem sobre a adesão à greve. O setor Jurídico do Sindipetro-RJ está em estado de alerta! Em caso de assédio, entre em contato imediato com os diretores do Sindicato. Gerentões, não passarão!

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