Prorrogação do atual Acordo Coletivo foi negada
Nesta segunda-feira (24), representantes da FNP ficaram até tarde em uma reunião com o RH para “negociar” o ACT. O negociar entre aspas é para mostrar que não há disposição da direção da empresa em negociar, e sim de impor os interesses da gestão.
A direção de Castello Branco continua intransigente com a não prorrogação do ACT, sem dar qualquer explicação razoável. Novamente o que se viu foi o anúncio de “última proposta”. A empresa ignorou as propostas da FNP para defesa do emprego, proteção contra transferências arbitrárias, teletrabalho e os motivos alegados para prorrogar o ACT enquanto durasse a pandemia.
Reajuste zero em 2020
Os petroleiros e petroleiras podem verificar a nova proposta aqui (link). O recuo da empresa em alguns ataques a nichos específicos da categoria, não muda aspectos gerais importantes. A proposta continua péssima. A direção continua nos oferecendo aumento zero. A diferença é que querem fazer um acordo de 2 anos, e somente em setembro de 2021 teríamos reajuste pelo INPC.
Teletrabalho
A gestão se negou a incluir cláusulas protetivas de teletrabalho. Constituir um GT não resolve a questão. Debater não é igual a negociar.
Assalto na AMS
A empresa insiste na mudança do custeio de 70×30 para 60×40 no primeiro ano e já quer que a categoria aceite 50×50 no segundo ano. O grande argumento é a adequação à resolução 23 da CGPAR. No entanto, essa resolução já teve seus efeitos suspensos por liminar da FNP que representa a maioria numérica da categoria. Deveriam respeitar a liminar e não impor a aplicação da resolução 23. Alem disso, o PDL 956 que tramita no congresso também questiona a mesma resolução. Isso aliado à passagem da gestão da AMS para uma associação de natureza privada é um projeto de desmonte violento no nosso plano de saúde, justamente quando o cenário mais exige cuidados médicos! Isso prejudicará aposentados e pensionistas que são grupo de risco e já estão sofrendo por conta do equacionamento. Isso é brutal. O ataque à AMS combina com a política genocida do governo atual. Não podemos deixar isso acontecer!
Acordo de 2 anos
Outro ponto que merece atenção é que esse acordo de 2 anos dificultaria as condições para greve nesse longo período, justamente quando pretendem avançar decisivamente nas privatizações, de olho grande nas refinarias.
“Última proposta”?
No ano passado a empresa também disse que era última proposta em meados de agosto. Depois disso teve mais duas propostas e a mediação do TST. A empresa buscará sempre convencer que não há mais no que avançar. Mas numa negociação a categoria deve ter voz e ela também diz se acabou ou não. São as assembleias que dão a última palavra e não a hierarquia da empresa, que, não à toa, fará de tudo para influenciar o resultado destas assembleias.
Um chamado à rejeição
Vamos juntos dizer NÃO a essa proposta. Não vamos aceitar a perda salarial imposta por ela.
Esperamos estar enganados, mas muitas vezes os representantes da empresa deram a entender que a proposta foi costurada com a FUP. Queremos acreditar que a FUP não vai aceitar algo tão absurdo para a categoria e para a integridade da Petrobrás.
Cadastro para participação em assembleias
É necessário que todos se cadastrem para participar das assembleias, que serão convocadas na próxima semana. Instruções para o cadastro devem ser publicadas em nossas mídias no máximo até a próxima quinta-feira (27).
Aguardem orientações coletivas e acompanhem o site da FNP.