Apesar de prestar esclarecimentos e fazer promessas, a Petrobrás segue sem responder às demandas centrais. Em nova reunião, convocada para discutir a formatação de regras do Benefício Farmácia de modo a reduzir o impacto da mudança na força de trabalho, a companhia, apesar de prestar esclarecimentos e fazer promessas, seguiu sem responder às demandas centrais pleiteadas pelos trabalhadores da Petrobrás.
Abaixo, as demandas apresentadas e a situação de cada uma delas:
Demandas da FNP | Resposta da Petrobrás |
Canal de comunicação ágil para os sindicatos (AMS e Benefício Farmácia). | Promessa de instauração. |
Levantamento de histórico de custo de serviço de contratos do Benefício Farmácia realizados no passado. | Promessa de apresentação na próxima reunião. |
Dúvida quanto ao parâmetro de preço a ser adotado para verificação do critério do valor de cobertura a partir de R$ 150,00. | Esclarecimento que o valor checado será baseado em lista de PMC da ANS, considerando, caso haja variações de preços em diferentes estados, aquele mais caro. No entanto, o valor que será utilizado como base de cálculo para coparticipação é o preço praticado na compra do medicamento |
Uso de medicamentos genéricos ou de marca. | A companhia acatará aquele que estiver indicado. |
Margem consignável. | Os descontos de benefício farmácia somente poderão ser lançados até atingirem o topo da margem consignável do contra-cheque do trabalhador (considerando outros descontos prioritários, como Petros). |
Facilitação de entrega de medicamentos em local de trabalho. | Foi afirmado em mesa que é possível preencher o endereço de trabalho como local de entrega, no entanto essa possibilidade não foi encorajada e o ônus do risco de extravio ou devolução foi deixado por conta do beneficiário. Esperávamos que a companhia criasse algum mecanismo de colaboração para recepção e distribuição destas entregas, não a deixando simplesmente a cargo da empresa terceira que presta o serviço. |
Possibilidade de apresentação de perícias médicas para atestar os casos de doenças que exijam tratamento contínuo, porém não estejam previstas na relação de doenças crônicas estabelecidas como cobertas. | Promessa de estudo de viabilidade. |
Ampliação do leque de doenças crônicas (pleiteamos que sejam cobertas doenças como a Epilepsia e o Lúpus) | Não houve garantia de atendimento, mas sim consideração dessa possibilidade. |
O critério de corte de valor (R$ 150,00) para custeio não deveria ser aplicado a uma caixa ou qualquer outra unidade de medicamento, mas sim à necessidade mensal prevista em determinado tratamento. | Parte dos interlocutores se disse sensibilizada com essa questão, mas não houve promessa de garantia de reformulação, apenas de consideração dessa possibilidade, articulada com as duas anteriores. |
Uma nova reunião foi convocada para o dia 11/04, pela manhã.
Até agora houve muita conversa e pouco avanço com relação às indagações e demandas apresentadas. Não é aceitável que o GT seja um mero instrumento para ganhar tempo, tergiversar e confundir a força de trabalho!
(Versão do impresso Boletim 62 do Sindipetro-RJ)