Alagamento no CENPES: hierarquia responde de forma negativa e lacônica sobre pedido para Comissão de Investigação

Após o alagamento da cisterna 2 no Complexo CENPES/CIPD, em 31 de outubro, último, conforme denunciado pelo  Sindipetro-RJ, na matéria “Incidente de Alto Potencial de Risco Minimizado pela hierarquia do Complexo CENPES/CIPD” , em que foi apresentada a gravidade do sinistro, o Sindicato encaminhou Carta ofício nº 264/2020 em que pede a constituição de uma Comissão de Investigação, não reconhecendo o enquadramento do incidente como “Classe 0”. O pedido negado conforme resposta oficial da hierarquia, no documento RH/RS/NS 0258/2020.

“Referente ao evento “Incidente Classe 0 – Alagamento do subsolo na área de cisternas”. Conforme orientações contidas no padrão PP-1PBR-00150 – Gerir Anomalias de SMS, o registro, a análise e o tratamento do evento serão realizados através do Sistema Integrado de Gestão de Anomalias (SIGA), sem indicação de constituição de Comissão de Investigação. Destacamos que as bombas mantiveram-se operantes e que as ações imediatas implementadas pelas equipes de operação e manutenção para o esgotamento da água acumulada, limpeza e secagem dos equipamentos atingidos foram eficazes” – informa resposta produzida pela direção do CENPES.

Posteriormente, o Sindipetro-RJ reafirmou o pedido através da Carta ofício 270/2020, recebendo uma resposta lacônica da empresa “Em atenção ao ofício supracitado, reiteramos os termos da carta RH/RS/NS 0300/2020” – diz o documento, revelando falta de seriedade no trato de um problema tão sério.

Em resumo, o Sindicato identificou que as situações que caracterizam o alto potencial de risco do evento foram as seguintes:

Alto risco de curto circuito nos equipamentos (bombas e painel elétrico), seguido de incêndio e/ou explosão;

Indisponibilidade por um período da bomba de incêndio elétrica da RACE, diminuindo em 50% a capacidade (segurança) de combater um sinistro no Complexo CENPES/CIPD. OBS: No dia 31/10 houve um incêndio no banco de baterias do CIPD.

Acionamento de diversos recursos externos: caminhões à vácuo, bomba da REDUC, motor sobressalente;

Acionamento da equipe de manutenção própria e contratada no domingo e feriado;

Risco de liberação da força de trabalho da Expansão do CENPES por falta de água.

O Sindipetro-RJ segue de forma veemente exigindo a convocação de uma Comissão de Investigação deste incidente que está longe de ser “classe 0”. Enquanto isso a hierarquia reafirma sua irresponsabilidade e gestão temerária negando os fatos.
O Centro de Pesquisas da Petrobrás segue se destacando no descumprimento das Normas Regulamentadoras, das condições de segurança no trabalho e até mesmo de cláusulas do ACT, como vem denunciando o Sindipetro-RJ.

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