Apelo à unidade apesar de indicativos diferentes das federações
Estamos não só abertos, como convencidos da necessidade de entendimentos para unificar o calendário de greve. Propomos aprovar, nas assembleias uma resolução que propicie alcançar esse objetivo, para que todos ou boa parte dos sindicatos cheguem ao entendimento ou à deflagração da greve a partir das bases que tradicionalmente iniciam o movimento.
É preciso esclarecer que, em determinado momento, a direção da FUP resolveu suspender a reunião da mesa unitária das federações e traçar outro caminho, apostando em uma negociação que não existe, enquanto a empresa e o governo tocam o terror, abrindo a guarda para rebaixar direitos.
A contraproposta enviada pela FUP ao TST em sua petição de 26/9, e que ela quer que suas assembleias aprovem agora, elencou alguns pontos “divergentes” (“conteúdo negocial”) que reduzem a 6 os pontos faltantes para o fechamento do ACT. Ficaram de fora cláusulas do atual Acordo Coletivo como a reposição da inflação nas tabelas salariais e benefícios, garantia do adiantamento do 13º salário em fevereiro, gratificação de férias com reflexo em Petros/INSS/FGTS, fundo garantidor para contratos de terceirização, programa Jovem Universitário para novas inscrições, auxílio Amazonas para novos empregados ou para quem não já o recebe hoje, entre outros.
Consideramos que é um erro levar para a categoria uma proposta que aceita a retirada de direitos. Mas entendemos que a federação tem autonomia para fazê-lo. É possível aproximar o início da greve, já que antecipadamente fez constar nos autos da mediação sua contra proposta havendo tempo de sobra para a Petrobrás apreciá-la.
Por outro lado, ao, pela primeira vez, haver uma data concreta no indicativo da FUP e estarmos juntos na rejeição da proposta do TST, é possível chegarmos a um alinhamento de data única. Ainda, ao ter um documento da Petrobrás fixando a data do dia 23 para assinatura do Acordo Coletivo, entendemos que antes disto já se configura uma data para o início do movimento, inclusive, permitindo discutir o melhor dia da semana para tal.
Por fim, continuamos abertos ao diálogo, mas acreditamos que o momento agora é de deflagrar a greve.
Não entregaremos a Petrobrás, nossos empregos e direitos sem lutar!
a greve é urgente e necessária!
Versão do impresso Boletim CXLVI