Diretoria da Petrobrás emite comunicado reconhecendo a mudança do regramento, que volta para a sua redação original
Por e-mail, a empresa emitiu na noite da quarta (26), um comunicado dizendo que havia revisto sua decisão, de dezembro de 2020 e divulgada em abril de 2021, que mudava o regramento original do PCR dificultando o aumento de nível. Agora, conforme regramento original, os empregados receberão nível no 5º ano do plano, independente de terem ou não recebido nível durante esses 5 anos.
Mas, como sabemos, nada do que a diretoria faz que mesmo remotamente favoreça os empregados é feito por bondade. Neste caso não é diferente: o Sindipetro-RJ, junto com à FNP, questionou judicialmente (processo nº 0101050-28.2021.5.01.0019) e já havia inclusive obtido parecer favorável por parte do Ministério Público do Trabalho (MPT) para que a empresa fosse impedida de mudar o regramento como queria inicialmente. Conheça: MPT nivel 60 PCR
Apesar do Sindicato ter, desde o início, defendido que os empregados não ingressassem no PCR, pelos ataques explícitos e as lacunas que o Plano deixava para futuros ataques, não hesitou em defender os direitos da categoria. Mais uma vez, foi preciso mostrar que, ao contrário do que os diretores da Petrobrás parecem crer, a estatal não é um reinado onde eles podem fazer tudo conforme sua vontade.
Empresa se antecipou à decisão judicial
O momento deste anúncio, às vésperas do início da Campanha de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), também não parece ser ao acaso. A diretoria da empresa escolhe forjar uma concessão, que nada mais é do que o justo e combinado, em um momento em que estava sob risco de precisar conceder por decisão judicial, para criar uma atmosfera favorável a mais cortes de direitos. A resposta para isso daremos no próximo dia 02/06, às 11 horas, com um Ato unificado para entregar a pauta reivindicatória do ACT 2022.
Sem mais mentiras, sem mais “concessões” falsas para fazer o mínimo, vamos à luta!