Continuando sua política de assédio, perseguições e práticas antissindicais, a gestão da Petrobrás novamente desmente seu próprio discurso e mostra que meritocracia é uma falácia
Após cassar absurdamente as consultorias das diretoras sindicais Carla Marinho e Patricia Laier, as quais haviam sido mantidas nas respectivas funções na revalidação ocorrida em 2018, a gestão acaba de destituir, informando por DIP emitido na última sexta (13), Carla Marinho, lotada no CENPES, de todas as representações externas em comissões de normalização (ABNT/ABENDI) nas áreas em que tem sido referência na empresa ao longo de vários anos. A forma como se deu causou ainda constrangimento entre os colegas substitutos, os quais estavam alheios à arbitrariedade.
Vale lembrar de outros episódios infelizes, como o caso da diretora Moara Zanetti, a qual trabalhava na GP e foi destituída de todas as suas atividades e forçadamente transferida de sua gerência, à despeito de sua competência técnica. Ou do diretor Antony Devalle, submetido a uma rotina diária de assédio, menosprezado em suas qualificações e invisibilizado. Lembremos do diretor Nilson Miranda que foi punido em função de uma investigação de acidente causado por histórica omissão dos gerentes do TEBIG.
Durante o período de assembleias sobre o ACT, os diretores Eduardo Henrique, Natália Russo, Igor Mendes e Gustavo Marun foram ameaçados através de uma notificação extra judicial da empresa, uma vez que o GE da GP, Claudio Costa, que não é petroleiro de carreira, não pôde votar na assembleia do EDISEN.
Ainda sobre assembleias, em Urucu oito supervisores foram destituídos da função e proibidos de embarcar e mais um engenheiro, sem função gratificada que estava como GBASE interino (equivalente a GEPLAT), também foi proibido de embarcar simplesmente por terem se abstido de votar na proposta da empresa. Todos estes petroleiros estão trabalhando em escritório, proibidos de retornar ao local de trabalho, sob o aviso de desimplantação.
Estas são as atitudes de uma direção sem qualquer maturidade para suportar a democracia e tolerar o contraditório. Uma direção que desrespeita os petroleiros de todas formas, seja destruindo a empresa e oferecendo uma vergonhosa proposta de ACT, seja convocando semanalmente seus gestores, supervisores e consultores para reuniões de “alinhamento de lideranças”, as quais nada mais são que doutrinação ideológica e assédio moral mal disfarçado.
Uma direção que manda perseguir até mesmo quem não aderiu “espontaneamente” ao PCR, como os supervisores que perderam a função por terem permanecido no PCAC.
As demissões por justa causa só crescem (inclusive de gerentes), a maioria motivada pelas razões mais esdrúxulas, enquanto o sistema Petrobrás começa a exercitar a modalidade das demissões sem justa causa, à despeito da existência de PDVs. Todas estas práticas mostram indubitavelmente que a meritocracia e o “cuidar do outro” são farsas e que esta gestão já declarou guerra contra os trabalhadores.
E você, petroleir@? De que lado vai ficar? Sindicalize-se e fortaleça a construção da greve petroleira que se mostra cada vez mais urgente!
Versão do impresso Boletim CXLI