Trabalhadores e trabalhadoras aprovaram os aditivos ao ACT, aprovando também o estado de greve por conta do efetivo de turno reduzido
Na manhã de segunda-feira (10/06), o Sindipetro-RJ realizou uma assembleia com os trabalhadores próprios do TABG, terminal da Transpetro, que aprovaram a proposta de aditivos ao ACT 2023-2025, apresentada pelo sistema Petrobrás, que foi aprovada por unanimidade, aprovando também o estado de greve por conta do efetivo de turno reduzido. Esta foi a primeira assembleia realizada na unidade, que tem programadas outros encontros nos dias 12, 14, 16 e 18/06.
A assembleia também debateu e aprovou as pautas locais como: ser contra a política de redução de efetivos na Transpetro que está precarizando, cada vez mais, as condições de trabalho no terminal. Exigir o pagamento de Adicional de Confinamento e a melhoria na Hora Extra de Trabalho de Turno (HETT) também fazem parte da pauta local aprovada.
Os trabalhadores deliberaram que após a rodada de assembleias vão iniciar a entrega da Brigada Voluntaria; não realização de treinamento obrigatório no molde virtual (AVA), nos locais de trabalho como tem sido feito, enquanto não houver efetivo para cumprimento da NR correspondente.
Também foi aprovado o apoio ao ato/vigília em defesa da Petros que será realizado no dia 20/06, com a realização de um atraso na portaria do terminal na data do ato.
Trancaço dos terceirizados
Antes da realização da assembleia houve um trancaço dos terceirizados em protesto contra a demissão injusta de um trabalhador da empresa Petropump demitido de forma abusiva. Trabalhadores denunciam condições insalubres de trabalho, como falta de água potável para consumo.
Os trabalhadores do TABG, há tempos, se queixam dos abusos cometidos por empresas terceirizadas que prestam serviços no terminal. São atrasos nos repasses de benefícios como alimentação, atrasos no calendário do vale transporte, calote em indenizações, entre outras situações.
O Sindipetro-RJ tem acompanhado e cobrado junto à companhia a devolução dos direitos e dignidade dos trabalhadores.
Assédio contra sindicalistas
Cabe registrar o comportamento da direção da Transpetro que coloca em prática um assédio indireto quando solicita policiamento em realização de assembleias. Policiais militares abordam dirigentes sindicais de forma assediadora alegando que o trancaço atrapalha a ordem urbana.
Não bastasse isso, o Sindicato começou uma campanha para denunciar o assédio da direção da Transpetro contra o ex-diretor, Wesley dos Santos Brito, transferido compulsoriamente do CNCL para outra base. O Sindipetro-RJ está denunciando a situação nas assembleias que ocorrem até o dia 19/06.