Atualizado às 18h32
Nesta quarta-feira (16) foi realizada na Fundição Progresso a assembleia centralizada das unidades administrativas da Petrobrás no Centro do Rio de Janeiro: EDISE, EDISEN, EDIVEN e Transpetro Sede, com a presença de milhares de empregados da Petrobrás e Transpetro que vão votar sobre a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e a Greve Nacional Petroleira.
O sistema de votação realizado por cédulas contou com milhares de votantes. A assembleia teve início a partir de 13h com o auditório da Fundição totalmente lotado e uma grande fila para acesso à casa de espetáculos da Lapa, às 18h.
“Centralizamos essa assembleia das unidades do Centro aqui na Fundição para garantir a democracia, pois a empresa está 24 horas por dia mandando sua mensagem contra o Sindicato de forma direta e subliminar, aos empregados, através das mais variadas formas em mensagens em seus elevadores, email corporativo, intranet e comunicação gerencial. Então, uma assembleia é um momento privilegiado para uma conversa direta com a categoria, nos dando oportunidade para apresentarmos nossos argumentos contra o que a direção da Petrobrás pretende neste momento decisivo. Para isso, disponibilizamos apresentações do nosso Jurídico e o processo de privatização (como ela vai nos prejudicar)” – explicou Moara Zanetti, diretora do Sindipetro-RJ.
Após as apresentações e debate foi iniciado o processo de votação. Durante essa negociação de ACT o assédio e a divulgação de informações inverídicas por parte da direção da Petrobrás tumultuou o processo.
“As mentiras que o Jurídico da Petrobrás tem propagado com a ameaça de prontamente atacar a categoria, retirando todos os seus direitos, colocando a nova CLT em vigor é uma grande mentira. A categoria está observando que a representação sindical está destruindo os argumentos da direção da empresa. O fato de realizarmos essa assembleia de forma centralizada tem por objetivo evitar também o assédio moral e a perseguição sobre os empregados e barrar o voto de cabresto, comprado com PVRE e PPP. A categoria reclama conosco do assédio sofrido a cada reunião de alinhamento gerencial, encontros de assédio moral coletivo. E por isso, precisamos dar uma resposta rejeitando essa proposta do TST e aprovando a greve através do voto secreto”
Até o momento não há previsão para encerramento da votação. Amanhã (17), ocorre mais uma assembleia centralizada que vai reunir os empregados do EDIHB e EDICIN no Centro de Convenções Sulamérica.