Estivemos buscando por meses um local para adquirir uma nova sede para o nosso sindicato. A atual sede hoje se tornou disfuncional para nosso funcionamento e sem a acessibilidade necessária para idosos e PCDs. É mal localizada e pouco frequentada pela categoria. Não temos hoje um auditório funcional, o que impõe custos mensais com aluguel de auditório.
Após pesquisar e visitar dezenas de imóveis, nos deparamos essa semana com um imóvel em leilão que é o melhor que já vimos em todos os quesitos:
– é bem localizado: Avenida Rio Branco, entre a Rua da Assembleia e a Rua Sete de Setembro, em frente ao VLT e a uma quadra do metrô Estação Carioca.
– reúne todas as características que precisamos. É grande (mais de 1500 m2) cabendo todas as atividades do Sindicato, incluindo um bom auditório. Como era uma agência bancária, é direto para a rua, permitindo que todas as atividades de atendimento sejam feitas no térreo, com todos os meios de acessibilidade e tem elevador. Tem uma fachada para a Rio Branco de 30 metros, dando uma excelente visibilidade ao Sindicato, com o potencial de ser um centro de atração da luta contra as privatizações.
– Está muito barato. De todos os imóveis que vimos com características semelhantes, é o mais barato (R$ 4,5 milhões). As três avaliações profissionais que contratamos sobre esse imóvel ficaram entre R$ 9 e 11 milhões.
A questão é que a compra é por leilão já designado para a data de hoje (20/12). Por isso, tivemos que fazer a opção de convocar um processo célere, porém dentro das normas estatutárias, para não perder a oportunidade. Nos marcos da necessidade de um processo célere, fizemos a maior divulgação possível, em todos os meios disponíveis para o Sindicato. Se não dermos o lance, corremos o sério risco de perder essa chance para a categoria.
Estatutariamente, a compra de imóveis é prerrogativa da diretoria. Estatutariamente, é necessária uma assembleia prévia para aprovar apenas a avaliação do imóvel. No entanto, esta direção do Sindicato está indo além: estamos submetendo à assembleia a avaliação e a própria compra. Como escrito acima, o preço de arremate é menos da metade do valor de todas das 3 avaliações contratadas.
Contratamos também três avaliações sobre nosso imóveis na Av. Passos e na Av. Pres. Vargas. As avaliações da Passos ficaram estimadas entre R$ 7 e 9 milhões. Já há inclusive interessados. A sede da Av. Pres. Vargas está avaliada entre R$ 2 e 2,5 milhões. Sabemos que não vamos conseguir vender por esses preços, mas ainda assim podemos fazer com vantagem no conjunto da operação. Caso seja concretizada a compra desse imóvel, vamos chamar assembleia, conforme estatuto, para avaliar a venda das atuais sedes.
Vamos ter necessidades de realização de obras também.
As finanças do Sindicato permitem que arrematemos o imóvel. Vamos ficar com um caixa menor, mas sustentável. Com a venda das atuais sedes recuperamos isso e ficaremos com um imóvel muito melhor para a categoria em todos os sentidos. Caso demoremos algum tempo para essa venda, não estaremos em crise financeira.
Enfim, é uma oportunidade excelente, mas que nos exigiu um processo célere de aprovações para garantir o negócio. É uma oportunidade que não pode ser vista como perda de patrimônio, mas como um acréscimo para a categoria.
A proposta a ser levada para a assembleia hoje é fruto de um trabalho responsável da direção colegiada destinada a atender os anseios da categoria e temos convicção de que vai ser o melhor e contará com o apoio da base.
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