– Assembleias na base do Sindipetro-RJ começam nesta quarta (18) e vão até 27/12.
– Negociações se encerraram sem garantia de pontos essenciais e com manutenção de desigualdades. Proposta reflete a priorização dos interesses do mercado financeiro em detrimento da valorização da força de trabalho, mantendo, inclusive, a exclusão do CF do PRD.
– A FNP propôs unidade na luta, que foi negada pela FUP, mas que poderia ter fortalecido as negociações e garantido conquistas mais significativas para a categoria.
– Frente ao cenário atual, o Sindipetro-RJ/FNP indica que as assembleias autorizem o Sindicato a assinar o acordo.
– As lições desta campanha devem nos ajudar a organizar a luta do PCCS e do ACT no próximo ano.
Conheça as minutas apresentadas pelas empresas Petrobrás, Transpetro, TBG e
PBIO: https://drive.google.com/drive/folders/1-9yym3PA-0kQOsNOrJmIVPXn3UyKSosC
Leia as duas notas da FNP:
PLR 2024 | FNP indica que assembleias autorizem assinaturas dos sindicatos
PLR 2024/2025 | Petrobras faz proposta de até três remunerações
A reprodução da ideologia neoliberal predominante nas gestões corporativas justifica a existência do PRD. Da meritocracia. De um monte de coisas que na verdade não são nada que aparentam. PPP/PRD foi criado como um instrumento de gestão pra facilitar a privatização. Remuneração variável só serve para reduzir salário. E estas regras inventadas pelo governo (SEST) para beneficiar os acionistas. Esta é a raiz dos nossos limites.
A negociação da PLR mantém a lógica da farra dos lucros bilionários para os acionistas e destinam aos trabalhadores menos de 5% do que foi distribuído aos acionistas. A desculpa da Petrobrás são as limitações da SEST! Para além da discussão se a SEST teria ingerência sob a Petrobrás, não podemos esquecer que SEST é uma secretaria ligada ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, portanto, quem decide as diretrizes é o Governo Federal e estes poderiam ser alterados, e o montante destinado à PLR poderia ser maior!
Não concordamos com as propostas apresentadas, cobramos fortemente que se avançasse na proposta da holding. Da primeira pra segunda proposta, para a maioria da categoria – a turma do “meio”, das três remunerações – não teve avanço nenhum (na PLR) e manteve o desconto dos novos petroleiros, do CF, no PRD.
Ainda que, para as subsidiárias tenha havido mudanças significativas, no sentido de se aproximar da holding, mantém-se importantes discrepâncias – na PBIO, na TBG e inclusive na Transpetro (por causa do IR).
Por outro lado, a categoria deu uma grande demonstração de firmeza e solidariedade com o “chega pra lá” que o Sindipetro-RJ deu na empresa ao não colocar em votação sem a proposta para os empregados das subsidiárias. Assim como novamente nesta última semana, em que a persistência conseguiu avançar na proposta das subsidiárias. O que deixa mais nítido ainda a perda que foi a FUP ter, desde o início, se negado a uma campanha conjunta de PLR. A unidade na luta – que não pode ser pensada só como “unidade das federações” (leia-se submeter-se à FUP/RH) – poderia ter sim avançado e muito no resultado desta negociação, porque não existe avanço sem mobilização real, só no gogó dos dirigentes ou em arranjos de bastidores.
Estes foram os limites impostos na campanha atual. O papel do Sindicato, então, não deveria ser “jogar pra plateia”, indicar rejeição sem ter um próximo passo concreto a propor. Esta pecha de “a FNP rejeita sempre e só pede o impossível” não só é mentira como serve justamente pra entregar a rapadura com mais facilidade. Na maioria das vezes, sim, indicamos rejeição ou até mesmo acompanhar o quadro nacional quando há esta viabilidade, mas neste cenário não acreditamos ser o mais coerente. Por isso publicamos o indicativo de que as assembleias autorizem a assinatura.
Não tem a ver com a proposta ser boa, justa, a melhor possível ou ter grandes avanços, tem a ver com as alternativas que temos, a partir do sentimento dos colegas, da “ilusão” do simulador, da disposição de mobilização, a postura da empresa/governo em favorecer os acionistas e seguir utilizando o mesmo instrumento de gestão criado para a privatização e, obviamente, o fato da FUP ter saído de campo.
Insistiremos na unidade para lutar de toda a categoria e também em apresentar, mais uma vez, um protocolo para possibilitar a reunificação das entidades. Não sob a disciplina política da direção da FUP/RH/Petrobrás/Governo como deseja um setor, mas sim lastreada na representatividade das bases e com democracia interna, sob um programa de independência política dos patrões e de qualquer governo.
Estas e outras lições devem ser extraídas desta campanha para nos armarmos política e programaticamente para os desafios que começam já já, no início de 2025 , com a campanha por um novo PCCS – Plano de Carreiras, Cargos e Salários – e em seguida o ACT, cujo primeiro capítulo já está cantado, que é a melhoria e regulamentação do Teletrabalho. E pensar além, unificar ainda mais a categoria, com os Aposentados na luta contra os PEDs e também os Terceirizados por melhores condições de remuneração e saúde e segurança, além de impulsionar a luta contra as opressões.
Confira trechos das falas dos diretores do Sindipetro-RJ na reunião de segunda (16), que expressou, até o final, alguns dos pontos exigidos pelas entidades:
Por que contribuir com o Sindipetro-RJ?
Na pauta das assembleias, está incluída a votação sobre o Desconto Assistencial de 2% de remuneração mínima com a seguinte base de cálculo para as contribuições assistenciais: RMNR + ATS + HETT (quando houver), excetuando férias e décimo-terceiro do salário-base.
O nosso Sindicato é custeado pela contribuição financeira voluntária da categoria, o que tem nos permitido ter autonomia para entrar e permanecer fortalecido nas lutas, bem como sustentar e ampliar a sua Comunicação; o setor Jurídico com, por exemplo, o encaminhamento de ações que demandam de custos judiciais e operacionais. Em 2025, teremos grandes desafios, como continuar na construção do PCCS, intensificar ainda mais a nossa campanha em Defesa do Teletrabalho, além da luta contra as privatizações O Petróleo tem que ser Nosso!
Caso não queira contribuir com o Desconto Assistencial, você poderá solicitar o não desconto no Portal de Serviços/SAE.
Fortaleça a luta e Contribua com o Sindicato!
ASSEMBLEIAS
Consulte o calendário de assembleias abaixo (em atualização) e compareça!
Pauta:
– Autorização ao Sindicato de assinar o acordo de PLR
– Desconto Assistencial
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