Petroleiros promovem ato contra a posse de desqualificado ao cargo de presidente da Petrobrás

O CA da Petrobrás ainda não deu o aval sobre a nova indicação de Bolsonaro que é fora da Lei. Reunião acontece na segunda (27). Vamos protestar! Todos ao Ato, 10h, em frente Edifício Senado (Avenida Henrique Valadares, 28 – Centro)

Na Petrobrás, não diferente do que tem feito em todas as esferas governamentais, Bolsonaro muda presidentes e diretores sempre criticando as decisões tomadas por quem ele mesmo indicou ao cargo ou por motivação de escândalos ou por conluios como os que tem feito com o bloco do Centrão no Congresso Nacional. A indicação do nome de Caio Paes de Andrade descumpre o decreto que regulamentou a Lei das Estatais! Participe do Ato de mobilização da categoria contra os ataques à Petrobrás!

Paes de Andrade não é qualificado

Na terça (21), o Comitê de Elegibilidade da Petrobrás recebeu dossiê, que é sigiloso, sobre Caio Mário Paes de Andrade, comunicólogo próximo a Paulo Guedes na pasta de Desburocratização do ministério da Economia. O Comitê se reúne nesta sexta (24) e a expectativa é que o Conselho de Administração (CA) da empresa se manifeste logo depois.

O principal entrave é que Paes de Andrade não tem a menor experiência em gestão conforme exigido pelo decreto 8.945 que regulamenta a Lei das Estatais (13.303/2-16) que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública. Na seção VII do decreto, o artigo 28 diz que é obrigatório ter formação acadêmica compatível e notório conhecimento compatíveis com o cargo.

Os rastros dos indicados por Bolsonaro

O troca-troca no governo chama a atenção. Por exemplo, nas duas das mais importantes pastas de um país, Saúde e Educação, os ministros atuais assumiram em quarta troca de cargos. E cada uma delas aconteceu depois de notícias contundentes questionando a atuação deles em assuntos de extrema importância ou para Bolsonaro se aproximar do Centrão e obter benefícios a seus projetos no Congresso. Na Saúde, como mostrou a CPI da pandemia, vimos inúmeros absurdos que resultaram nas mais de 670 mil mortes.

Corrupção e prevaricação

Na quarta (22), a Política Federal cumpriu mandado de prisão preventiva do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, em operação que investiga esquema de corrupção que envolve pastores evangélicos durante a gestão dele no MEC. O juiz Renato Borelli elencou no mandado crimes como corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

“Ele que responda pelos atos dele”, disse Bolsonaro sobre a prisão preventiva como se não tivesse sido ele mesmo quem nomeou Ribeiro para o cargo e em live chegou a afirmar que botaria “a cara no fogo” por Milton Ribeiro. Quando ministro, Milton Ribeiro defendeu “as universidades para poucos”, foi contra a inclusão de estudantes com necessidades especiais em salas de aula comuns, defendeu o kit COVID, não criou soluções para o impacto negativo da pandemia na vida acadêmica, tentou interferir no ENEM e mandou imprimir bíblias com sua imagem, entre outras inúmeras barbaridades.

Não sem motivos, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu investigação sobre a troca de comando na Petrobrás.

Todos ao Ato, segunda (27), 10h, no EDISEN!

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