Na manhã desta quinta-feira (30/03), o Sindipetro-RJ promoveu um ato no CENPES contra a parcimônia da direção da Petrobrás no tratamento dos casos de assédio sexual na empresa
O ato foi em solidariedade às quatro trabalhadoras terceirizadas da unidade que foram vítimas de assédio sexual. O caso ganhou repercussão midiática após a publicação de uma reportagem em um canal de notícias no dia 21/03. Após denúncia no MP e repercussão midiática, a empresa informou que o petroleiro em questão foi demitido.
Na entrada da Praça das Bandeiras foram espalhados, no chão cartazes, com frases de depoimentos anônimos prestados por trabalhadoras próprias e terceirizadas da Petrobrás que sofreram assédio.
“Mulheres vocês têm todo o nosso apoio e solidariedade, vocês merecem toda a proteção. O Sindicato não aceitar nenhuma perseguição, tanto da empresa Vinil, onde as terceirizadas trabalham, quanto da Petrobrás” – disse Natália Russo, diretora do Sindipetro-RJ, e integrante do GT Diversidade e Combate às Opressões.
O Sindicato vai seguir cobrando medidas
A denúncia corajosa dessas trabalhadoras iniciou um movimento no estilo “me too” que demonstra as dificuldades e ineficiências de uma empresa com apenas 17% de mulheres, e uma cultura de desigualdade tóxica entre próprios (concursados) e terceirizados.
“Vocês ficaram tanto tempo sem nenhuma informação e sem acesso ao processo. Companheiras, vocês são uma referência para nós de luta e de coragem, estamos juntos. O Sindicato não vai deixar que isso fique assim” – concluiu Moara Zanetti, conselheira fiscal do Sindipetro-RJ e integrante do GT Diversidade e Combate as Opressões do Sindicato.
O Sindicato segue em alerta contra as narrativas preconceituosas que já circulam dentro do próprio CENPES, a partir de trabalhadores próprios e terceirizados. Ainda na quarta-feira (29/03) ocorreu uma reunião geral das mulheres da unidade com a direção executiva do CENPES, mas que excluiu as trabalhadoras do asseio e conservação. O discurso a princípio foi bom, mas é preciso ser colocado em prática de fato.
Entre outros pontos, o Sindipetro-RJ exige nenhuma perseguição às vítimas; pela responsabilização dos assediadores; mais mulheres nas comissões; fora gestores coniventes com assédio; mudanças nos canais de denúncia, entre outros pontos.
Canal de denúncias
Já está disponibilizado um formulário online, criado pelo Sindipetro-RJ, em que trabalhadoras próprias terceirizadas poderão incluir denúncias de assédios e abusos ocorridos dentro da Petrobrás. O Sindicato garante o anonimato das pessoas. Acesse pelo link: https://bit.ly/AssedioNuncaMais Quer participar do GT de Diversidade e Combate às Opressões? Entre em contato pelo diversidade@sindipetro.org.br.