Não é notícia velha que os problemas na AMS e no Benefício-Farmácia só aumentam. O descaso com a saúde na Petrobrás já era nítido, porém vem se evidenciando de forma assustadora nas palavras de usuários do serviço, como é o caso de Arthur Cesar de Lima, de 81 anos.
Na manhã do dia 18 de dezembro, Arthur, que tem 28 anos de Petrobrás e 31 de aposentado, chegou na empresa, localizada no centro do Rio de Janeiro, com atendimento marcado no Benefício-Farmácia para solicitar reembolso de medicação de uso contínuo, por conta de uma série de doenças crônicas.
Quinze minutos após ter sido encaminhado ao posto de atendimento do Benefício-Farmácia, Arthur passou mal e teve que ser socorrido pela brigada da empresa. “Me colocaram dentro de uma sala pequena, sem janela, sem ventilação, sem nada para aguardar o atendimento”, lembrou o aposentado.
Mas, afinal de contas, como foi possível chegar a este ponto? Uma situação recorrente numa das empresas mais importantes do país, sem explicação e muito menos sem iniciativa para resolver o problema.
Nos discursos frios e sem vida dos gerentes de RH e AMS o problema parece menor do que realmente é nas mesas de negociação de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
No entanto, as reclamações contra a gestão da AMS e Benefício-Farmácia, que tentam encobrir, demonstram a falta de vontade e incompetência da gerência da Petrobrás. Seu Arthur é apenas um dos muitos que sofrem, não por acaso, ao tentar requerer o benefício a que tem direito.