Sindicato pretendia promover uma panfletagem antes da catraca de acesso, distribuindo um material em que pede a retomada aos investimentos na unidade, denunciando o processo de desmonte e privatização promovido por Bolsonaro na Petrobrás
Na manhã desta segunda-feira (31/01), um grupo de integrantes do Sindipetro-RJ, composto por diretores e representantes de outras categorias, como professores, foi impedido pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) de acessar ao GASLUB, em Itaboraí-RJ, onde realizaria uma panfletagem durante a visita do presidente Jair Bolsonaro, pedindo a retomada dos investimentos na unidade.
O fato aconteceu quando uma van fretada pelo Sindicato foi parada em uma barreira no acesso ao GASLUB, sendo que a ordem, segundo os oficiais PMs, foi expressamente determinada pela direção da Petrobrás.
Mais uma vez fica evidente a recusa do atual presidente da República em lidar com o contraditório, em não aceitar opiniões divergentes contra o seu governo entreguista do patrimônio brasileiro, cerceando o direito de manifestação daqueles que não são a favor de suas políticas que destroem estatais brasileiras como a Petrobrás. Fica claro também, o desprezo da atual direção bolsonarista da empresa pela democracia, tentando calar a atividade sindical.
Bolsonaro e comitiva não usam máscaras
Além disso, componentes da comitiva presidencial, além do próprio Bolsonaro, circularam sem máscaras de proteção à COVID-19 pelas dependências do GASLUB, expondo a risco de contaminação todos que ali trabalham. O Sindicato lembra que o uso de máscara é obrigatório não apenas pelos regulamentos vigentes na estatal, mas também pela legislação estadual.
Na última sexta-feira (28/01), o Sindipetro-RJ encaminhou ofício à Petrobrás em que cobra o uso de máscaras por parte da comitiva presidencial durante a visita de Bolsonaro.
O Sindipetro-RJ repudia de forma veemente o acontecido e exige que o direito ao contraditório seja restabelecido na Petrobrás. Abaixo cerceamentos de opinião, exigimos democracia e liberdade para protestar contra o desmonte e privatização da Petrobrás, sobretudo, respeito aos protocolos de segurança sanitária que não estão sendo cumpridos em uma visita oficial de uma comitiva presidencial.