Somos totalmente contrários ao regime de “leilões permanentes” mas também não queremos um mero retorno ao status quo anterior do governo Dilma ou Temer que foi produzindo cada vez maior saque imperialista e maiores danos ambientais. Lutamos pelo fim de todos os leilões!
No dia 03/09 a Agência Nacional do Petróleo (ANP) irá realizar uma audiência pública sobre o modelo de “ofertas permanentes” de blocos e áreas para exploração de petróleo e gás natural. Ainda que não tenhamos nitidez sobre o que a ANP (ou seja, em grande medida, o governo, por um lado, mas também grandes transnacionais estrangeiras do óleo e gás, por “outro” lado) vão propor como ajustes, está nítido que essa audiência pública não foi pensada pra acabar com o modelo, mas apenas pra que sejam feitos ajustes. É fundamental a atuação do movimento sindical/social pra tentar mudar esse cenário absurdo!
O modelo de “leilão permanente” desenvolvido pelo governo entreguista do reacionário Bolsonaro aumentava os efeitos nocivos do sistema de leilões criado por FHC e que seguiu a todo vapor em todos os governos do PT. No modelo de Bolsonaro e Guedes colocava-se todo o país permanentemente em leilão e com desconto, para benefício do capital financeiro nacional e imperialista. Esse modelo de licitação não só tornava todas informações permanentemente acessíveis pelas gigantes petroleiras estrangeiras, como também oferecia descontos e ainda criava regras para facilitar a concessão de licenças ambientais.
Somos totalmente contrários ao regime de “leilões permanentes” mas também não queremos um mero retorno ao status quo anterior do governo Dilma ou Temer que foi produzindo cada vez maior saque imperialista e maiores danos ambientais. Lutamos pelo fim de todos os leilões!
Não aceitamos a desculpa de que a exploração de hoje financiaria a transição energética de um amanhã sem data e nem compromisso. Lutamos por uma transição energética entendendo que esta só é possível de acontecer pelas mãos dos trabalhadores e não dos interesses capitalistas.
Desde 1997 já foram leiloados ao menos 948 campos no país, o resultado é que a participação da Petrobrás na produção de óleo e gás é cada vez menor, passando de 93% em 2013 para 63% neste ano. Cada vez mais esses bens naturais comum é extraído para benefícios de acionistas bilionários estrangeiros e contribuindo crescentemente ao aquecimento global.
O petróleo tem que ser nosso!
O SINDIPETRO-RJ chama todos sindicatos, movimentos sociais, ambientalistas, movimentos estudantis e pessoas interessadas nessa luta para uma reunião dia 26/08 em sua sede (Av. Passos, 34) às 18hs para organizar uma grande manifestação contra os leilões de petróleo e gás no dia 03/09.
Todo o petróleo e gás para uma Petrobrás 100 % estatal e pública sob controle dos trabalhadores!
