O documento faz uma apelo “para que o Brasil honre seu legado diplomático, reafirme sua posição do lado certo da história e garanta que suas políticas econômicas reflitam seus compromissos éticos e legais com a defesa dos direitos humanos e do direito internacional”.
As duas federações que representam os trabalhadores do setor petrolífero no Brasil, FNP e FUP, enviaram uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenando o genocídio que está sendo praticado por Israel em Gaza e enfatizando a “necessidade de o Brasil ir além das declarações públicas e implementar um embargo energético robusto contra Israel, em conformidade com suas obrigações legais internacionais”.
O documento chama atenção para o fato de que o Brasil fornece para Israel “o petróleo bruto e refinado para operar sua frota de caças, tanques e outros veículos e operações militares, bem como as escavadeiras que atuam destruindo a
infraestrutura nos campos de refugiados e cidades da Cisjordânia ocupada.
E em dados divulgados pelo próprio governo constam a exportação de 2,7 milhões de barris de petróleo bruto para Israel em 2024.
A Carta cita precedentes como a suspensão das exportações de carvão da Colômbia para Israel e campanhas globais, como a #BlockTheBoat, que pedem a suspensão imediata das exportações de petróleo para Israel; a suspensão de projetos com empresas de energia israelitas; e apoio às sansões e medidas de responsabilização lideradas pela ONU.
Na Carta, é declarado o apoio às declarações do governo brasileiro contra Israel e são exigidas medidas imediatas como suspensão da venda e/ou o transporte de suprimentos
energéticos não somente a Israel, mas também às empresas que possam revendê-los para Israel.
O documento também foi encaminhado ao vice-presidente Geraldo Alckmin (também ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e aos ministros Gleise Hoffmann (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
Palestina, Livre!